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Pressionado, São Paulo revê o Ceará
das Agências
24/08/2011 | 07:30
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No momento em que vive seu maior jejum de vitórias - quatro jogos - na temporada, o São Paulo não tem outra alternativa hoje, às 21h50, contra o Ceará. Para avançar à segunda fase da Copa Sul-Americana e fazer as pazes com a torcida, o time precisa apagar as más atuações recentes no Morumbi para reverter a derrota por 2 a 1 no jogo de ida, em Fortaleza.

Uma vitória simples, por 1 a 0, serve ao clube tricolor. Se levar um gol, porém, as coisas se complicam: terá de ganhar por dois de diferença para avançar. Em caso de vitória são-paulina por 2 a 1, a decisão vai para os pênaltis.

Diante do objetivo de voltar a disputar a Libertadores em 2012, o Tricolor entra com a obrigação de evitar novo vexame: na Copa do Brasil, caiu nas quartas de final, diante do Avaí.

Em sua primeira decisão à frente do clube, Adilson Batista terá uma equipe mais reforçada em relação ao primeiro jogo, já que poderá contar com Lucas e Casemiro . "São dois jogadores de nível de Seleção e que vinham se destacando e têm muito a nos ajudar", disse o zagueiro Rhodolfo.

Além da dupla, Dagoberto esteve fora do jogo em Fortaleza, ocasião em que o Tricolor levou a virada no minuto final. O volante Denilson, suspenso e lesionado, não joga.

Para tentar lotar o Morumbi, a diretoria reduziu o valor dos ingressos: bilhetes de arquibancada, que custavam R$ 30 em jogo do Campeonato Brasileiro, estão sendo vendidos por R$ 10. A meia-entrada custa R$ 5.

O clássico contra o Palmeiras, no domingo, deu uma boa ideia do tamanho da decepção dos são-paulinos com o desempenho da equipe no Morumbi. O público, que já chegou a superar os 23 mil em partidas de menor rivalidade, caiu para pouco mais 16 mil. Nos últimos cinco jogos do São Paulo no Morumbi, o time venceu apenas um: 3 a 0 no Bahia. Nos outros quatro (três empates e uma derrota), deixou o gramado sob vaias.

Rhodolfo, que veio do Atlético-PR no início do ano, lembra a importância de retomar a força do São Paulo diante de sua torcida. "Já joguei várias vezes no Morumbi (como visitante) e não era fácil. Temos de fazer a torcida voltar a confiar na gente", disse o zagueiro.

No Ceará, o volante Rudnei é dúvida. Ele se machucou na derrota para o Cruzeiro, pelo Brasileiro, e fará teste de campo minutos antes da partida. Caso seja vetado, entra Edmilson.

 

Perdoados, Casemiro e Henrique renovam

Após superar o assédio europeu, vaidade pessoal e influência de empresários, o São Paulo assegurou a permanência de Casemiro e Henrique no Morumbi. Os dois bateram de frente com o clube e foram atendidos: ganharam aumento e ampliação de cinco anos no tempo de contrato.

Casemiro, que antes do Mundial Sub-20 havia recusado a oferta de aumentar seu salário de R$ 17 mil para R$ 60 mil, aceitou o novo acordo após ter assegurado alto valor em luvas e outras bonificações. Henrique, que recebia cerca de R$ 9.000, também ganhou mais cinco anos de contrato com salário bastante superior (não revelado) e previsão de reajustes periódicos.

"O Casemiro assumiu a posição de titular e o Henrique foi eleito o melhor do Mundial. A remuneração estava defasada", disse o diretor de futebol, Adalberto Batista.

O primeiro a se rebelar foi Casemiro, no início do ano, ao voltar do Sul-Americano Sub-20 no Peru. O volante cobrou maior valorização e chegou a ficar na reserva por essa razão. Eleito o melhor jogador do último Mundial Sub-20, Henrique repetiu a postura de Casemiro após o torneio na Colômbia. Ele chegou a cogitar o uso de uma brecha jurídica para deixar o clube.




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