Economia Titulo
Mínimo cresceu duas vezes
mais que cesta básica
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
21/08/2011 | 07:30
Compartilhar notícia


O poder de compra do brasileiro só cresceu. Tanto que, há dez anos, o morador da região que recebia apenas um salário-mínimo sequer conseguia comprar os produtos da cesta básica regional, composta por 34 itens. Na época, o piso nacional somava R$ 151, e comprar os produtos de primeira necessidade, portanto, era um grande sacrifício, já que era necessário despender R$ 152,34.

De lá para cá, a participação da classe C na movimentação da economia aumentou, fruto das políticas incentivadas durante o governo Lula, como a projeção que o salário-mínimo brasileiro recebeu, sobretudo nos últimos oito anos. Agora, o consumidor de baixa renda pode mais, com os R$ 545 mensais que ganha: além de comprar a cesta nas sete cidades, orçada na última quinta-feira em R$ 363,31 em média, ainda sobram R$ 181,69 no bolso do consumidor.

"A variação do salário-mínimo foi praticamente o dobro da evolução das despesas para se bancar a cesta básica na última década", afirma o engenheiro agrônomo da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, Fábio Vezzá De Benedetto. Enquanto o consumidor percebeu no bolso a variação de preços na cesta em 133,98% de janeiro de 2001 até julho de 2011, conforme levantamento da Craisa feito pela a pedido do Diário, a renda média do brasileiro expandiu 260,93%.

"Isso é resultado de política de concessão de aumentos reais de salário, fazendo com que os valores se descolassem do custo da cesta básica. Além de medidas conjuntas que visavam a manutenção da inflação no período", destaca o coordenador do curso de ciências econômicas da Fundação Santo André, Ricardo Balistiero.

De lá para cá, tornou-se mais fácil para o consumidor que dependia do mínimo levar para casa produtos como a mistura básica do prato brasileiro, arroz e feijão, e o leite. Isso porque a elevação de preços nesse grupo foi menor do que o crescimento da cesta regional. A consequente abundância na produção de arroz resultou em aumento de 71,47% em seu preço em dez anos e meio, o que significa que, antes, o pacote de cinco quilos tinha preço de R$ 3,25 e, hoje, sai por R$ 6,07.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;