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Técnico do Santos mantém o mesmo time contra o Grêmio
Do Diário do Grande ABC
15/11/1999 | 17:40
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O técnico Paulo Autuori nao vai mexer no time para o jogo de volta contra o Grêmio, quarta-feira, às 21h40, na Vila Belmiro. Quer apenas que seus jogadores "assimilem a importância da competiçao" e nao repitam o futebol mostrado em Porto Alegre no sábado. "Foi horroroso", comentou, acrescentando: "foi um jogo para ninguém ganhar e as duas equipes deveriam ter perdido".

Para consolo dos santistas, Autuori entende que o problema nao foi só do Santos. "Todos os times jogaram mal, parecia que entraram em campo num clima de fim de festa". O treinador espera que, a partir dessa próxima rodada, a situaçao mude: "Os jogadores precisam entender o espírito da competiçao, que dá uma vaga para a Libertadores". Nao acha que as regras sao complicadas, desestimulando os jogadores. "Eles sabem muito bem o que é um mata-mata".

Autuori confirmou hojem que nao vai mexer no time e a exceçao é a volta de Zetti, que retornou hoje da Espanha, onde serviu a Seleçao Brasileira. "Vou conversar com ele, ver como está e se tudo estiver bem, voltará ao time". Já o goleiro chegou nesta segunda-feira ao CT acompanhado de seus filhos. Passou por uma sessao de exercícios físicos e confirmou que está em condiçoes de atuar. "Hoje, estou com dores no corpo, pois foram 18 horas de viagem, mas na quarta-feira estarei pronto", comentou.

Eleiçoes - Fora de campo, o Santos começa a viver seu processo eleitoral, que desta vez trará disputa entre dois grupos que lutam pela direçao do clube. Fracassada a tentativa de composiçao, o vice-presidente José Paulo Fernandes deverá ser o candidato da situaçao, embora tenha divergências com o atual presidente, Samir Abdul-Hak. Já a oposiçao reuniu vários ex-presidentes para lançar Marcelo Teixeira ao cargo, ele que já presidiu o Santos entre 92 e 93.

Antes dessa escolha, porém, será necessário eleger, mês que vem, o novo conselho, que indicará o novo presidente em janeiro.

Marcelo, filho de Milton Teixeira, outro ex-presidente santista, nao conseguiu eleger seu sucessor no final de 93, quando Pelé apoiou publicamente Miguel Kodja Neto para a presidência, indicando Samir Abdul-Hak para a vice. Kodja nao terminou seu mandato, pois renunciou quando seu nome foi envolvido em irregularidades num bingo, e Abdul-Hak assumiu o cargo, tendo sido reeleito duas vezes.

Com a falta de um título importante nesse período em que o grupo de Pelé dirigiu o clube, os torcedores começaram a se impacientar, desgastando a imagem de Abdul-Hak e arranhando a de Pelé. As negociaçoes envolvendo jogadores como Marcos Assunçao, Argel e Alessandro no meio do ano acabaram piorando ainda mais a situaçao dos atuais dirigentes. José Paulo Fernandes, o vice atual, manteve sempre uma posiçao de independência, mas terá de contar com o apoio de Pelé para se eleger. Hoje, ele disse que espera "uma disputa sadia, e que o clube saia ganhando com a eleiçao".

Enquanto o debate eleitoral está apenas no começo, os santistas discutem ainda o contrato de parceria, assunto polêmico e que vai incrementar a disputa.




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