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Bia Figueiredo curte posto de 1ª brasileira a atingir o topo
Marcelo Monegato
Do
28/08/2010 | 07:11
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Tricampeão mundial da Fórmula 1, Jackie Stewart declarou um dia que o segredo de o Brasil fabricar inúmeros pilotos de qualidade estava na água que por aqui se bebe. E o escocês não estava totalmente errado. Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna são provas disso. Agora, um novo piloto, ou melhor, uma nova pilota andou matando a sede nessa fonte, digamos, abençoada. Estamos falando de Bia Figueiredo.

Paulistana, 25 anos, Ana Beatriz Figueiredo é sem sombra de dúvidas a brasileira de maior sucesso nas pistas. Viciada neste negócio de velocidade desde os 8 anos, hoje representa o País, ao lado de Hélio Castroneves, Tony Kanaan, Vitor Meira, entre outros, na Fórmula Indy, uma das principais categorias do automobilismo mundial. Leia trechos da entrevista concedida do Diário.

DIÁRIO - Como começou a paixão pela velocidade?
BIA FIGUEIREDO - Desde pequena já acompanhava as corridas da Fórmula Indy e da Fórmula 1 pela televisão. Quando meu pai me levou a um kartódromo pela primeira vez, me apaixonei e não deixei ele em paz até me colocar na escolinha de kart de Interlagos.

DIÁRIO - Durante a carreira quais foram as maiores dificuldades?
BIA - Foi tudo sempre difícil, mas é nos momentos mais difíceis que se amadurece. Acho que as maiores dificuldades foram a falta de recursos e o preconceito.

DIÁRIO - Preconceito?
BIA - Senti bastante no começo da carreira, no kart e um pouco também nas categorias de fórmula aqui no Brasil. Nos Estados Unidos foi mais tranquilo. Os pilotos de lá já estão mais acostumados com mulheres correndo.

DIÁRIO - Em que momento você percebeu que poderia ir longe, tornar-se pilota profissional, disputar as principais categorias e transformar-se em referência no automobilismo brasileiro?
BIA - Quando estava nos meus últimos anos no kart, o Nailor Campos, que todo mundo conhece como Nô, meu treinador, me apresentou para o André Ribeiro (ex-piloto de Fórmula Indy) e para o Augusto Cesário, e os dois, depois de me acompanhar em algumas corridas, decidiram gerenciar minha carreira. Essa foi a grande oportunidade que tive na vida e, graças à estrutura profissional que eles montaram para mim, consegui chegar ao topo.

DIÁRIO - Como estão as negociações para disputar a temporada completa da F-Indy em 2011?
BIA - Estão indo bem. Eu, o André, o Cesário e também o Henrique Olivier, que nos assessora na captação de patrocínios, estamos focados em fechar com uma equipe para eu correr o campeonato todo em 2011.

DIÁRIO - Você pensa em correr na Fórmula 1?
BIA - Hoje em dia, não. Meu foco é estar na Indy.

DIÁRIO - Como você se sentiu correndo no GP Brasil pelas ruas de São Paulo?
BIA - Foi uma grande emoção estrear na Fórmula Indy na minha cidade. O calor do público, da família e de todas as pessoas que me ajudaram a chegar até a Indy, e estavam lá, foi muito emocionante.

DIÁRIO - E a sensação de disputar uma das provas mais importantes do automobilismo mundial, as 500 Milhas de Indianápolis?
BIA - A 500 Milhas de Indianápolis é a maior prova do automobilismo mundial. Cerca de 400 mil pessoas comparecem a esse evento e a cidade respira automobilismo. Fazer parte dessa história sem dúvida foi um marco na minha vida.

DIÁRIO - Qual a dica que você daria para os que sonham um dia ser piloto?
BIA - Muito trabalho e muita determinação.




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