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Estudante é preso com revólver em sala de aula
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
08/06/2001 | 16:08
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O estudante M.B.M., 16 anos, foi detido em flagrante por policiais militares em plena sala de aula da EE Olavo Hassen – avenida Benedita Franco da Veiga, Jardim Miranda Aviz, em Mauá – por portar um revólver calibre 38 carregado com cinco balas. A apreensão aconteceu por volta das 10h30 desta quinta, após denúncia anônima que indicou o nome do estudante e a sala de aula onde estudava.

Segundo o estudante, a arma não era sua. Ele disse no 3º DP de Mauá que um rapaz identificado apenas como Rafael – que não estuda na escola – entregou-lhe o revólver a pedido de outro adolescente identificado como P.R., 17 anos, que também é aluno da escola.

“Durante o intervalo das aulas, o Rafael disse que P. me pediu para guardar a arma por dez minutos. Eu não queria, mas fui pressionado e acabei fazendo o que ele me pediu. Quando acabou o intervalo, entrei na sala de aula e ninguém apareceu para pegar a arma. Fiquei preocupado e, quando me preparava para sair da classe para procurar um dos dois, a polícia apareceu”, disse M., que ainda afirmou não ser amigo de nenhum dos dois rapazes. “Eu apenas os conhecia e conversava com eles de vez em quando”.

Após o depoimento de M., policiais militares foram até a residência de P. e encontraram somente seu pai, que afirmou aos policiais que seu filho havia viajado há dois dias para casa de parentes em Minas Gerais. O pai de P. disse desconhecer a procedência da arma, mas afirmou que seu filho havia viajado porque estava ameaçado de morte. O outro adolescente identificado como Rafael também não foi encontrado pela polícia para prestar depoimento.

A diretora da escola não quis dar declarações, mas comentou que, exceto brigas, nenhuma discussão com armas aconteceu na instituição. Segundo testemunhas que não quiseram se identificar, P. é conhecido na escola por estar sempre envolvido em brigas e confusões. “Eu não o conheço porque sou de outra classe, mas sempre ouvimos que algumas pessoas têm medo dele”, afirmou um estudante que disse não conhecer M..

O motivo que levou Rafael, segundo depoimento de M., a lhe entregar a arma ainda é um mistério. “Não sei o que aconteceu, se quiseram me prejudicar. A arma não é minha, não fiz nada”, disse. M. foi entregue ao pai após assinar termo de responsabilidade e terá de se apresentar à Vara da Infância e da Juventude do município.




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