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Viaja Mais Melhor Idade terá de contornar falhas
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
29/06/2008 | 07:09
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O programa Viaja Mais Melhor Idade, criado pelo Ministério do Turismo em parceria com a Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), apresenta resultados acima das expectativas de seus criadores. No entanto, a falta de entendimento entre os agentes de viagem e o projeto terá de ser corrigida para que o programa deslanche de vez.

Segundo o gerente nacional do projeto, Enzo Arns, a estratégia de comunicação do Viaja Mais Melhor Idade precisará ser modificada. "Queremos melhorar o programa. Vamos capacitar mais operadoras, receptivos (destinos) e, principalmente, os agentes de viagem", disse, em visita ao Diário.

As metas para este semestre, de 50 mil pacotes vendidos, foi superada pela marca de 140 mil produtos turístico para viajantes acima dos 60 anos de idade, de acordo com Arns.

Contudo, o gerente acredita que falta informação e preparo dos agentes para a venda do produto. "Esses estão habituados a vender por preço e não por qualidade", comentou, ao negar que os preços dos pacotes são mais caros do que os convencionais. "São pacotes diferentes, customizados. Não se pode comparar com os outros", justificou.

O diretor de Assuntos Internacionais da Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagens), Leonel Rossi, rebate as críticas e afirma que o consumidor é responsável pelo programa dar certo ou não.
"Perto da publicidade que foi feita, os resultados são muito pequenos. Nós apoiamos o programa, ele está na prateleiras das agências como todos os outros produtos, mas quem decide se quer ou não é o consumidor", diz o diretor. "A procura pelos pacotes é pequena, os preços e os produtos não são tão diferenciados assim", completa.

Enzo Arns também conta que os agentes que vendem esses pacotes ganham 12% de comissão, acima dos 10% oferecidos pelas operadoras por outros produtos, o que mostra a desinformação desses profissionais quanto ao artigo que estão vendendo.

Já o diretor da Abav explica que o valor ganho pela venda é o mesmo. "As empresas fazem acordo sobre 10%, mas pagam 12% de comissão sobre todos os pacotes. Não tem diferença", diz.




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