O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reunirá nesta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso para discutir sua pré-candidatura à Presidência da República. Alckmin e o prefeito de São Paulo, José Serra, disputam internamente para ver quem enfrentará Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas neste ano.

"Eu tenho a absoluta confiança de que a direção partidária vai ouvir a todos. Os governadores, por exemplo, têm um papel importante. O governador Marconi Perillo completa oito anos. É uma liderança importante. Representa uma região ali do país. Todos vão ser ouvidos. Esse é um processo de ausculta", afirmou Alckmin.

O governador, que nas pesquisas eleitorais aparece longe de Lula e com Anthony Garotinho (PMDB) na sua cola, deve confirmar aos 'colegas' de partido que realmente deixará a administração do Estado para poder disputar as prévias. No entanto, como Serra se apresenta como um nome mais forte para impedir uma possível reeleição de Lula, Alckmin poderá receber uma proposta para abrir mão da sua candidatura e facilitar a nomeação do prefeito da capital.

Na semana passada, logo após uma homenagem ao ex-líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), FHC, Jereissati e Aécio Neves deram uma 'escapadinha' e levaram José Serra para um jantar reservado em um luxuoso restaurante na capital. Neste encontro, o 'trio' encostou o prefeito na parede e exigiu um posicionamento.

Informado sobre o encontro dos 'figurões' tucanos e José Serra, Geraldo Alckmin preferiu minimizar o assunto. Ele mesmo antecipou que as reuniões particulares com os possíveis candidatos da legenda à Presidência são comuns na época que antecede as prévias. O próprio governador disse que havia recebido um convite, mas que compromissos o impediram de se encontrar com Aécio, FHC e Jereissati.