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Central de monitoramento
é 2º plano para deputados
Cynthia Tavares
Fábio Martins
22/03/2011 | 07:38
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Apesar de ser efetivamente um dos principais problemas relacionados à região levantados pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, a central de monitoramento integrada entre as sete cidades para reduzir problemas de trânsito e segurança não foi colocada ontem como prioridade da maioria dos interlocutores presentes na reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC com deputados estaduais e federais.

O encontro político na entidade regional ficou marcado pela reclamação da falta de prioridades apresentadas aos parlamentares. Apesar disso, o tema sobre a central não protagonizou as discussões.

Para a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), ligada ao governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), a pendência precisaria ser revista. "Prioridade é Saúde, ampliar número de leitos para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), especialidades nos hospitais, a questão de estudos para contenção de enchentes em área de risco, além de investimentos em habitação."

Segundo o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), a predileção número um é o metrô de superfície. "Para mim, essa (central de monitoramento) não é prioridade."

Na inauguração da Inspetoria da GCM (Guarda Civil Municipal) Taboão/Paulicéia, em São Bernardo, sábado, a secretária comentou que os sete prefeitos precisam se empenhar em instalar e aumentar o número de câmeras, que deveria agregar as imagens em um escritório regional. Regina destacou que o Consórcio seria importante na elaboração de planos para melhorar o sistema viário e combater a criminalidade no âmbito regional.

São Bernardo, São Caetano e Diadema já possuem atualmente suas centrais municipais. De acordo com o deputado estadual Carlos Grana (PT), o que se discutiu é a necessidade de monitoramento aprimorando a rede que já existe. "Precisamos ter uma discussão regionalizada, reforçando as potencialidades de cada cidade. Estamos olhando a agenda a longo prazo."

O presidente do Consórcio e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), disse que o pleito de integrar os equipamentos já existe, apesar de não estipular data para a implementação do sistema. "Nossa ideia é integrar, mas vamos ter que aprofundar essa questão e, principalmente, o convênio com o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) para viabilizar", enfatizou, acrescentando que já contatou Regina - comandou a Secretaria de Segurança de Diadema na gestão de José de Filippi Júnior (PT).

Parlamentares reclamam de pauta extensa

A primeira reunião do ano entre deputados estaduais e federais com os sete prefeitos da região, no Consórcio Intermunicipal, não passou da busca pela sintonia entre os dois lados. O aparar das arestas deve começar pelos assuntos relacionados para discussão.

A pauta extensa, com 30 itens, foi alvo da crítica de diversos parlamentares. Entre os pontos na ata de reunião estavam temas como programa para castração de animais nas sete cidades. "Isso é dever dos municípios, não é programa para enviar aos governos federal e estadual", criticou o deputado estadual Orlando Morando (PSDB).

Outro item lembrado é a retomada das obras no complexo da Jacu-Pêssego. "No fim de abril vai começar a ligação da rodovia com a Avenida dos Estados, através do viaduto de Capuava. Isso já foi divulgado pelo governador na última visita que fez a Mauá (semana passada)", recordou a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB).

A peemedebista amenizou os desencontros. "A lista foi feita dentro de uma experiência do trabalho do Consórcio. Todos os itens são relevantes e devem ser levados em conta. A questão do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) está na lista, mas esperamos que a reforma do prédio seja terminada pela Prefeitura de Mauá para cobrarmos o equipamento do governo estadual", considerou.

Morando ressaltou que o trabalho tem de ter foco. "Uma pauta com 30 itens não elenca prioridades. Precisa enxugar um pouco mais, porque a partir daí realmente temos um poder de cobrança maior", analisou.

O prefeito de Diadema e presidente do Consórcio, Mário Reali (PT), defendeu e declarou que a reunião foi somente o começo de uma série de encontros.

"A ideia é ter uma agenda de trabalho. Teremos uma nova data em maio, próximo à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) da entidade. Houve grande sincronia, agora é afunilar itens comuns", pontuou.




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