Os bairros mais problemáticos são, além do Jardim Campanário, o Jardim ABC, o bairro Paineiras e a Vila São José. No Jardim Campanário ocorreu a maior parte das 261 notificações de suspeitas de dengue, que resultaram em 42 casos autóctones (contraídos no próprio local) este ano. Por isso, os responsáveis da Vigilância à Saúde do município delimitaram as 12 ruas com maior concentração de focos. Entre elas, estão a avenida Sinésio Pereira e a rua Olmeiro.
“O controle é feito o ano inteiro e notamos que os focos se expandiram para outros bairros, principalmente no Jardim ABC. Nosso grande desafio é reverter esse quadro”, disse o diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de Diadema, Dácio Rabelo.
Para o superintendente da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Luiz Jacinto da Silva, o aumento de focos em Diadema preocupa, mas a situação é gerenciável. “Mesmo assim, a erradicação do mosquito é virtualmente impossível. As ações são para retardar o processo de infestação. Esses bairros representam um único local de risco de epidemia no Grande ABC”, afirmou.
De acordo com a Sucen e o Ministério da Saúde, quanto mais próximo de 5% do índice de Breteau estiver, maior o risco de uma epidemia. Os 5% do índice significam a presença do mosquito em cinco domicílios num total de 100, em um determinado bairro. Em Diadema, segundo Rabelo, os técnicos trabalham para manter o índice em 1%, mas o número está atualmente acima do esperado. As últimas medições no segundo semestre desse ano apontaram índice de 3,1% de domicílios infestados no Jardim ABC, 2,9% no bairro Paineiras e 2,1% no Jardim Campanário.
Os 260 agentes comunitários e de saúde que trabalham no combate à dengue na cidade fizeram este ano em torno de 150 mil visitas em residências de Diadema. A Prefeitura ainda cobriu com lonas cedidas pelo Estado 10 mil caixas d’água, além de distribuir folhetos com listas de procedimentos preventivos que devem ser adotados por moradores.
Na residência da dona de casa Eloisa dos Santos Fernandes, 35 anos, no Jardim Campanário, a caixa d’água está tampada e todos os pratinhos dos vasos de planta possuem areia. “Recebemos as visitas dos agentes constantemente e estamos nos prevenindo em todos os sentidos. Tomo cuidado até com minha bromélia, que retém água nas folhas”, disse Eloisa. Por sua vez, o aposentado Luiz Santana, 60 anos, que mora perto da divisa com a capital, está alerta em relação ao acúmulo de água no balde de seu poço. “Sempre deixo fechado e com o balde virado para baixo”, afirmou.
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