O crime foi cometido por dois homens que ocupavam uma motocicleta branca. Ambos de estavam com capacetes escuros e viseiras pretas, o que poderá dificultar o reconhecimento e a confecção de retrato-falado. Um dos assassinos parou a motocicleta sobre a calçada, diante da casa onde funciona a regional da prefeitura. O que estava na garupa, sem tirar o capacete, entrou no local, passou pela garagem e andou em direção à sala onde ficam os fiscais, depois de descer uma pequena escada. Ao encontrar Silva, atirou várias vezes.
No escritório estavam a vítima e outros quatro colegas de fiscalização. Eles conversavam sobre as diretrizes do trabalho que seria executado no dia desta segunda. Não houve tempo para isso. “Eu estava sentado no lado esquerdo da porta por onde ele (assassino) entrou. Da porta mesmo o cara começou a atirar. Ainda estou com o zumbido dos disparos no ouvido. A arma estava praticamente do lado da minha cabeça”, disse um dos fiscais, que preferiu não se identificar.
“Só tive tempo para me proteger, colocando as mãos na cabeça, e olhar para baixo. Foi tudo muito rápido”, lembrou.
Execução – Um detalhe que chamou a atenção da polícia e dos próprios colegas da vítima foi o fato de o assassino atirar apenas em Silva, deixando de lado os outros quatro fiscais que estavam no escritório. “Ele não falou nada, apenas atirou e correu para fora”, disse outro fiscal, que lembra ter corrido para uma porta lateral do escritório e pulado um muro dos fundos para se proteger.
Silva foi baleado três vezes no peito e seu corpo caiu sobre a mesa de trabalho. Nesse momento, o atirador ainda disparou uma última vez, no topo da cabeça da vítima, que já estava inerte. A violência desse tiro derrubou o fiscal no chão. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios de Santo André, que ouviu segunda as quatro testemunhas que escaparam com vida da execução. Foram interrogados também outros funcionários da Prefeitura.
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