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Terreno ao lado do viaduto Cassaquera está repleto de entulho
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
16/07/2009 | 07:54
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Doado pela Prefeitura de Santo André para a instalação de unidade da Fundação Casa para abrigar jovens infratores, o terreno ao lado do Viaduto Cassaquera ainda não foi completamente saneado pela administração e, portanto, não reúne as condições necessárias para a construção dos prédios. O Diário visitou ontem o espaço e constatou que a área de 12,5 mil metros quadrados, que está entre a linha férrea e a Avenida dos Estados, próximo da divisa com Mauá, mesmo tendo sido cedida há 17 meses, está longe de ser desocupada.

Ainda há lixo no terreno. O entulho representa a maior parte dos resíduos. São pedaços de concreto, tijolos, cacos de telha e de azulejos. Além disso, é possível encontrar espalhados ou misturados à terra e ao entulho, pedaços de plástico e borracha. Há um ano, porém, a área estava relativamente limpa; o entulho estava concentrado em um local.

Parte da área foi aterrada, provocando um acidente que desnivelou o terreno. Nesse trecho, coberto por terra vermelha fofa, sinais da passagem de máquinas dão conta de que há pouco houve tentativa de diminuir a diferença entre o morro e o chão.

Na situação em que está, o terreno não possibilita a realização de análise ambiental confirmatória de que a área esteja ou não contaminada. Em 2005, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) realizou sondagem e detectou, em concentração pouco acima do permitido, a presença de chumbo e arsênio em amostras de água. Somente após a conclusão do novo teste será possível decidir se se constrói ou não no terreno.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de Santo André informou, sem estipular prazo, que o chefe do Executivo Aidan Ravin (PTB) determinou ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) agilidade na limpeza do terreno.

Alternativa - Segundo a Fundação Casa, o aterro criado na área do Cassaquera, "além de impedir a sondagem necessária à averiguação de contaminação do terreno, inviabilizou a área para fins de construção civil e impossibilitou a construção do viário necessário à implantação das unidades."

Por esse motivo, no início deste mês, o Estado admitiu retomar as obras para o terreno da antiga EE Professor José do Prado Silveira, no bairro Sacadura Cabral. A posse da área, contudo, é disputada na Justiça, e uma liminar impossibilita a construção imediata.

O projeto Fundação Casa prevê a construção de dois prédios, cada um podendo receber até 56 jovens - 40 vagas para internação e 16 para regime temporário. O impasse sobre o endereço definitivo das unidades mantém longe de suas famílias os 72 jovens de Santo André que atualmente cumprem medida de internação em centros de ressocialização de outros municípios.




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