A aprovação nesta terça-feira, pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, do recurso do deputado José Dirceu (PT-SP) agradou o parlamentar. "Fiquei satisfeito porque foi feita justiça", disse o parlamentar. O ex-ministro disse estar confiante de que a Câmara fará justiça a ele no julgamento do processo e lembrou que não há provas de que tenha quebrado o decoro.

"O julgamento será político, mas não acredito que a Câmara vá me condenar por quebra de decoro sem provas. É por isso que estou lutando. Não pode haver pré-julgamentos, linchamento político, não pode haver inversão do ônus da prova e presunção de culpa", argumento Dirceu em entrevista coletiva.

O deputado José Dirceu informou que tem conversado com os deputados e apresentado sua defesa, tanto jurídica como política, mas que não tem pedido que eles declarem seus votos. "Cada um é livre para votar como a sua consciência indicar e eu vou acatar e respeitar a decisão deles", disse.

O parlamentar voltou a afirmar que já deu provas suficientes ao País que não teme ser investigado, mas que quer um julgamento justo. "Não estou pedindo clemência, nem misericórdia. Eu quero que cada deputado leia a minha defesa".

"Acredito que tenho chances reais no Supremo Tribunal Federal, porque acredito na causa que estou defendendo, no que os advogados estão pleiteando e que meu direito foi violado. Mas acato a decisão do Supremo", disse Dirceu.

Ao reafirmar que é inocente, Dirceu disse que aconteça o que acontecer no julgamento do seu processo ele vai continuar na vida política e provar sua inocência. "Para mim não termina dia 30 (data provável do julgamento em Plenário) esse capitulo da minha história ou da história política recente do Brasil. Vou continuar lutando", disse.