O vice-presidente executivo da Ecorodovias, holding que administra a Ecovias, Irineu Meireles, disse nesta segunda que deverá se reunir ainda nesta semana com o secretário de Estado dos Transportes, Dario Rais Lopes, para discutir a participação da empresa na construção de uma parte do trecho Sul do Rodoanel – 6,3 km de estrada, entre as rodovias Anchieta e Imigrantes. A participação da empresa, responsável pela administração do sistema Anchieta/Imigrantes, é uma forma de agilizar o processo de construção do trecho Sul da rodovia.

Meireles afirmou que há interesse em participar do processo, pois o trecho está em uma área de influência direta do sistema Anchieta/Imigrantes, desde que haja uma equação financeira entre as partes. Ele não quis falar sobre as três alternativas já divulgadas pela Secretaria dos Transportes. “Ainda não recebemos estas propostas formalmente. Isso deve acontecer na reunião dessa semana. Só então as possibilidades serão analisadas e poderei falar sobre elas”, disse.

Uma das propostas seria a ampliação do tempo de exploração das rodovias que, segundo o contrato de concessão, é de 20 anos – depois desse prazo, as rodovias voltam a ser integralmente do Estado. Outra opção é a restituição do valor gasto pela empresa em parcelas mensais até o fim da concessão. As obras estão orçadas em R$ 280 milhões.

A terceira alternativa é um misto das duas primeiras. Parte dos gastos seria pago com a ampliação do tempo de concessão e outra parte em dinheiro repassado pelo governo do Estado. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes não informou qual a data prevista para a reunião.

A construção do trecho Sul do Rodoanel, que ainda não tem prazo para ser iniciada, será dividida em três partes. A intenção do Estado é construir sozinho apenas a primeira parte, que vai de Mauá até a via Anchieta, um trecho de 9, km orçado em R$ 370 milhões – o trecho Sul inteiro está orçado em R$ 1,9 bilhão.