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Comerciários do ABC fecham acordo com sindicato patronal
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
25/11/2004 | 10:51
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O Sindicato dos Comerciários do ABC fechou nesta quarta-feira acordo trabalhista com o Sincomércio-ABC (Sindicato do Comércio Varejista do ABC), que prevê reajuste salarial de 8,2%. As negociações duraram quase dois meses - a data-base da categoria é outubro - e deixaram em aberto ponto da convenção coletiva de trabalho: o adicional pago nos domingos e feriados.

Os sindicalistas devem iniciar negociação por empresa que deve terminar no próximo dia 1º, segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários do ABC, Minervino Ferreira. Os trabalhadores querem aumento do adicional de R$ 20 atuais para R$ 25 aos domingos e para R$ 30 aos feriados.

O sindicato patronal alega que existem setores do comércio da região que estão em crise, o que dificultaria a concessão do aumento para a categoria como um todo. O índice de reajuste alcançado, no entanto, prevê aumento real de salários, já que a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro de 2003 e outubro de 2004 foi de 5,95%.

"Conseguimos ganho real de salários, o que é um avanço para qualquer negociação trabalhista. Vamos nos concentrar agora nos setores que mais têm atividades aos domingos e feriados para priorizar na proposta de aumento do adicional", afirmou Minervino.

Hurner - Os funcionários da indústria química Hurner, de São Bernardo, paralisaram a produção da empresa por três horas na manhã desta quarta-feira, em assembléia que decidiu pela aceitação da proposta da empresa de melhorias nas condições de trabalho.

Os cerca de 70 trabalhadores já tinham paralisado a empresa no último dia 22 por quatro horas. Os protestos começaram por causa da demissão de quatro funcionários, mas também envolveram outras questões, como a melhoria na concessão de refeições e o pagamento de adicional de periculosidade (30% do salário-base).

Segundo o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Wanderley Salatiel, foi realizada reunião com a direção da empresa para discutir as reivindicações. "Eles avançaram um pouco e apresentam proposta melhor do que a da última paralisação, especialmente sobre a concessão de refeições. O adicional de periculosidade, por outro lado, ainda não é pago, e é possível que o sindicato ingresse na Justiça para conseguir o pagamento", diz Salatiel.




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