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CCBB resgata cultura e arte dos 500 anos
Do Diário do Grande ABC
06/12/1999 | 15:57
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O que ocorreu na cultura e na arte nos 500 anos de Brasil vai ser o tema da programaçao do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no ano que vem. Serao nove exposiçoes, oito espetáculos teatrais e 15 shows de música, além de mostras de audiovisuais e palestras, num repertório que vai de Nelson Cavaquinho a Mahler, passando por Shakespeare e pelo poeta matogrossense Manoel de Barros. "Nossa intençao foi privilegiar a originalidade e a diversidade da programaçao", explica a diretora do CCBB, Marta Pagy, que contou com um orçamento de R$ 7,5 milhoes, por meio da Lei Rouanet.

Logo na primeira semana de 2000, três espetáculos agitam a temporada. O sho"Cantorias Amazônicas", que estréia no dia 4 traz os ritmos e os artistas do norte do Brasil para o Rio, entre eles a cantora Jane Duboc, o violonista Sebastiao Tapajós, o hitmaker André Barata e o poeta Thiago de Melo. Já a peça "A Tempestade", de William Shakespeare, vai ser montada no saguao do CCBB, com direçao de Caco Coelho.

Ainda em janeiro, haverá a exposiçao "Os Mapas do Descobrimento", com o acervo da Mapoteca Histórica do Ministério das Relaçoes Exteriores, que reúne atlas e plantas do território brasileiro feitas até o século 18. Também estréia o espetáculo "Crioula", uma homenagem de Stella Miranda à cantora Elza Soares, que será vivida pela poetiza e atriz Eliza Lucinda e também por Zezé Polessa. O ciclo de filmes "Brasil-Portugal: Travessia de Cinema", com 22 produçoes dos dois países abordando o relacionamento de brasileiros e portugueses, será o primeiro item da programaçao de audiovisual.

A programaçao homenageia brasileiros e estrangeiros ilustres. Nelson Cavaquinho e Elizeth Cardoso serao tema de shows.Os eruditos Aaron Copland, Shostakovich, Gustav Mahler e Bach terao suas obras revisitadas. Compositores revolucionários deste século (John Cage, Debussy, Stranvisky e nosso Villa-Lobos) vao aparecer no ciclo de shows "A Polêmica da Ruptura da Música no Século 20". A série "MPB - Um Século de História" terá, em maio, exposiçao de capas de discos e cartazes e será seguida por "De Onde Veio a Bossa Nova", falando sobre seus precursores.

As artistas plásticos Ismael Nery, Sérgio Camargo, Mira Schendel, Willys de Castro e Tomie Othake terao exposiçoes com suas obras, enquanto o Rio será homenageado com a mostra da Coleçao Geyer, que pertence ao Museu Imperial de Petrópolis e tem pinturas, aquarelas e gravuras de Rugendas, Debray, Taunay e outros artistas da época. Em janeiro, será reaberta ao pública a exposiçao permanente "A Moeda no Brasil", que faz parte do acervo do CCBB, e é a maior coleçao de dinheiro brasileiro desde o século 16.

No palco - O teatro é o filé mignon da programaçao, pois alguns sucessos nacionais estrearam no CCBB. Além de "A Tempestade e Crioula", haverá "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade, com direçao de Enrique Diaz, em fevereiro, e "O Avarento", de Moliére, em maio. Em setembro, outro clássico, "Esta Noite se Improvisa", de Luigi Pirandello, terá direçao de Antônio Abujamra. "A Opera dos Três Vinténs", de Bertolt Brecht e Kurt Weill, será montada em agosto e "Hotel dos Esplêndidos", de Jean Genet, virá em outubro. Mas o que fecha o ano é a poesia de Manoel de Barros, no espetáculo "Os Deslimites da Palavra", do novato Zé Luiz Rinaldi.




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