A sindicância aberta pela Prefeitura de Ribeirão Pires para apurar a conduta dos guardas civis municipais) Sandro e Emerson Torres Amante, que agrediram com o jato de extintor um morador de rua deficiente mental, foi concluída e o processo administrativo será julgado até o dia 10.

Sem especificar o conteúdo e a conclusão da investigação, a Prefeitura informou apenas que as etapas de apuração foram finalizadas, restando somente a apreciação do caso, que vai definir ou não pela aplicação de punição aos funcionários.

Para completar o parecer, a administração precisou de seis meses. Os dois guardas, que são irmãos, permaneceram trabalhando normalmente durante este intervalo e ainda estão servindo à corporação. O processo administrativo foi instaurado em 29 de janeiro. No final de maio, após 120 dias, os trabalhos foram prorrogados em mais dois meses. O segundo prazo expirou no dia 28.

Wallace, como é conhecido o morador de rua, foi agredido no ano passado por Sandro na base da GCM em frente à antiga rodoviária de Ribeirão Pires, no Centro.

Com sede, o rapaz pediu um copo com água ao guarda, que, em tom de deboche, perguntou se "queria gás de pimenta, borrachada ou um tiro". Depois questionou se o morador de rua preferia gás natural ou carbônico. "Eu quero gás natural", respondeu. Em seguida, Sandro acionou um extintor de incêndio contra a vítima. Ao seu lado, Emerson gravou a ação com a câmera de um celular e espalhou o vídeo pela internet.

Para os irmãos, que alegaram ser amigos do morador de rua, a ação não passou de brincadeira.