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Senadores vão a TV marcar posição
21/10/2005 | 23:52
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Às vésperas do referendo popular sobre a proibição do comércio de armas e munição, os senadores fizeram uma espécie de campanha em defesa do 'sim' e do 'não' pela TV Senado. Da tribuna, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse sexta-feira que vai votar pelo fim do comércio de armas. "A democracia custa dinheiro. Se o debate fosse acoplado às eleições, não conseguiríamos que a discussão ganhasse mais dimensão. Todos discutem o referendo, nos mercados, nas farmácias, nos bares, e isso é salutar", disse a senadora referindo-se à crítica de que a despesa com a realização será excessiva.

Aliada da Frente Parlamentar por um Brasil sem Armas, a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) disse que a violência "alimenta-se do direito de armar-se". "Que direito é esse, do mais rico, do mais poderoso, do mais armado contra o mais pobre, o desprotegido?", questionou.

Já o senador Juvêncio da Fonseca (PSDB-MS) fez um discurso da tribuna acusando a Frente Parlamentar por um Brasil sem Armas de usar estatísticas falsas para conquistar votos. Ele questionou os dados com argumento de que nenhuma pessoa comunica a polícia quando consegue render ou afugentar um ladrão de sua casa. Disse ainda que se a população disser 'sim' ao desarmamento a criminalidade vai aumentar. "Os bandidos terão a maior tranqüilidade para atacar", declarou.

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), considerou um absurdo terem sido gastos R$ 500 milhões para a realização do referendo. "Foi um dinheiro público gasto para nada", afirmou. Bornhausen disse que, em protesto à realização da consulta popular, vai votar no 'não'.




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