Aparentemente, as intrigas entre Luiz Felipe Scolari e Kleber estão esquecidas. Caso contrário, o atacante, livre da lesão muscular na coxa direita, não voltaria ao time para comandar o Palmeiras contra o Uberaba no primeiro duelo entre ambos pela segunda fase da Copa do Brasil. Bandeirantes, SporTV 2 e ESPN Brasil transmitem o duelo das 21h50, no Estádio João Guido, o Uberabão.

A presença do artilheiro no sambódromo chegou a incomodar o sisudo técnico, mas não o impediu que mantivesse o atacante como titular e capitão. Houve ofensas públicas. Porém, os dois lados recuaram e logo trataram de apaziguar o bate-boca. Tudo em nome da campanha alviverde no torneio e também no Paulistão.

Resta uma dúvida quanto ao companheiro de Kleber no sistema ofensivo: Adriano Michael Jackson ou Vinicius. O primeiro já conquistou a confiança dos torcedores. O segundo esteve bem diante do Noroeste (marcou o gol decisivo) e do São Bernardo. Persiste o mistério. O meia Valdivia, recuperado, é um dos bons expedientes.

O goleiro Deola reconhece a importância de o Palmeiras estabelecer a diferença de pelo menos dois gols para eliminar o jogo de volta. "Não temos essa obrigação. Se der (na casa do Uberaba), maravilha. Se não conseguirmos, não será o fim do mundo. Aí teremos uma semana para trabalhar", observa.

Deola procura não menosprezar o Uberaba. Ele assume que pouco sabe do rival muito mais pela falta de possíveis informações na imprensa. "É preciso respeitá-los. Não podemos nos descuidar. No hotel, vamos aprender mais. Não estamos relaxados, estamos precavidos. Em campo, não há favoritos", supõe.

A exemplo do goleiro, Felipão acredita que o alvo imediato, antes de mais nada, é vencer. Segundo ele, antecipar a classificação é um detalhe menos importante. "Se houver necessidade, jogaremos duas vezes", sugere.

No Uberaba, destaque para a estreia do técnico Nenê Belarmino, que substitui Marcos Biriguí e terá de resgatar a confiança do grupo.

POLÊMICA

Nos bastidores do Parque Antártica, surgiu a polêmica de que a Arena Palestra pode trazer problemas ao Palmeiras no futuro. Um dos itens do contrato entre a gestão do ex-presidente Luiz Gonzaga Beluzzo e a WTorre prevê que, ao mandar rodadas, a diretoria será obrigada a comunicar antecipadamente a construtora do novo estádio sobre as datas dos jogos em casa - desde compromissos oficiais aos amistosos. Isso durante 30 anos - o prazo previsto no compromisso. O time B e as categorias de base não poderão usar o local. Há 50 páginas que regem as cláusulas contidas no documento.

O presidente Arnaldo Tirone aponta desvantagens do Palmeiras em relação à empreiteira, mas promete analisar os eventuais pontos conflitantes.