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Proposta de eleições durante duas semanas é bem vista no Iraque
Da AFP
08/12/2004 | 18:23
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A idéia do primeiro-ministro iraquiano, Iyad Alawi, de estender por duas semanas as eleições gerais agradou diversos grupos políticos e religiosos do país. A proposta aumentaria a participação popular e permitiria a realização de um pleito mais democrático.

"Todos: xiitas, sunitas, cristãos, curdos, turco-otomanos, deveriam participar na eleição. Por isso acho que devemos realizar as eleições escalonando-a em 15 ou 20 dias, com datas diferentes para as províncias", afirmou Alawi a jornais europeus.

A idéia foi bem vista pelos grupos que pediam o adiamento das eleições, afirmando que a violência no país faria com que muitas pessoas não votassem por medo de ataques terroristas. O pedido de adiamento foi rejeitado pelos xiitas, maior comunidade do Iraque, e pelos EUA e Inglaterra, líderes da coalizão.

Os entusiastas da idéia afirmam que o projeto facilitaria a proteção dos nove mil centros de votação, pois o pleito não ocorreria simultaneamente em todos os lugares. Assim, as tropas poderiam concentrar os esforços em poucas cidades. Além do número de policiais e soldados iraquianos ser reduzido, o exército dos Estados Unidos já anunciou que manterá uma certa distância dos centros de votação.

O Iraque conta com 120 mil policiais, mas sua capacidade de movimentação não é igual em todas as províncias, especialmente nos redutos sunitas, nos quais os guerrilheiros continuam atacando.

Segundo o porta-voz Sabah Kazem, o ministério do Interior considera a “idéia excelente” e a apóiam “cem por cento".

Saad Abdel Razzak, braço direito do líder sunita Adnane Pachachi, que defende o adiamento das eleições, também declarou apoio à realização das eleições durante duas semanas. "(a idéia) Não é de todo má, mas é preciso estudar essa sugestão. O importante é que não afete nem a neutralidade, nem a integridade das eleições", afirmou.



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