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Bush expressa seus pêsames à comunidade onde ocorreu o massacre
Por Da AFP
26/03/2005 | 14:11
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, comemorou a Páscoa, neste fim de semana, prestando um tributo às Forças Armadas de seu país e expressando seu pesar pelo mais grave massacre ocorrido em uma escola dos Estados Unidos em seis anos.

"Laura (mulher do presidente) e eu estamos rezando pelas famílias das vítimas, assim como milhões de americanos", disse Bush em seu programa semanal de rádio, transmitido de seu rancho no Texas. "Horas depois do tiroteio, comunidades e Igrejas de toda a nação oraram pelas vítimas e suas famílias", disse Bush.

O presidente, que foi criticado por ter reagido tardiamente a este massacre, disse que o governo está  fazendo tudo o que é possível para satisfazer as necessidades da comunidade "neste momento trágico".

O presidente agradeceu, ainda, aos membros das Forças Armadas americanas, ao ressaltar que muitos deles estão passando a Páscoa longe de seus entes queridos.

Massacre - Um estudante provocou um massacre na segunda-feira (22) numa escola da reserva indígena de Red Lake, no Estado norte-americano de Minnesota, matando nove pessoas antes de cometer suicídio. Foi a pior tragédia numa escola secundária nos Estados Unidos desde Columbine, em 1999.

O tiroteio na escola aconteceu às 15h locais. As autoridades e a imprensa local informaram que o adolescente, identificado como Jeff Weise, primeiro matou o avô - oficial de polícia e de quem teria obtido as armas usadas - e depois a avó, antes de seguir para o colégio, levando pelo menos um rifle e uma pistola. No colégio, matou um segurança, cinco estudantes e uma professora, ferindo outras 13 pessoas antes de cometer suicídio.

As autoridades disseram que os estudantes e professores se esconderam nas salas de aula e usaram seus telefones celulares para alertar a polícia. Na escola estudam mais de 300 jovens, segundo seu site. Red Lake tem cerca de 5 mil habitantes, a maioria membros da tribo Ojibway.

O governador de Minnesota, Tim Pawlenty, manifestou suas condolências "às famílias que perderam seus entes queridos nesta tragédia incompreensível". "Pedimos aos cidadãos de Minnesota que ajudem com orações e manifestações de apoio às famílias e amigos das vítimas, cuja dor e sofrimento são inimagináveis".

Esta foi a maior matança em uma escola desde o massacre de Columbine, na cidade de Littleton (Colorado), onde em 29 de abril de 1999 os jovens Dylan Klebold e Eric Harris, 17 e 18 anos, respectivamente, dispararam contra seus colegas e mataram 13 pessoas antes de cometer suicídio.

Hitler - Jeff Weise era solitário, hostilizado por seus colegas e admirava o ditador alemão Adolf Hitler. Sob os pseudônimos de 'anjo da morte' ou de 'NativeNazi' (Índio Nazista) o jovem, com idade entre 15 e 17 anos segundo as fontes, havia confessado sua admiração por Hitler e pelo movimento neonazista. "Acho que sempre tive grande admiração por Hitler, por seus ideais e por sua coragem", escrevia Jeff Weise na internet.

Em suas mensagens na rede, Weise defendia incondicionalmente o nazismo. "Sempre fui educado a acreditar que os nazistas eram o diabo e que Hitler era o pior de todos. Mas obviamente não acreditei nem um segundo. E ao me informar sobre os ideais do terceiro Reich, comecei a entender que os nazistas queriam realmente melhorar o mundo", escrevia o adolescente.

O assassino já havia mostrado sinais de desequilíbrio, e a polícia já havia se interessado por ele em 2004, quando ameaças haviam sido proferidas contra seu estabelecimento.

Funcionários da escola onde aconteceu o massacre descreveram Jeff Weise como "um garoto desorientado, que parecia perdido na vida". De fato, o adolescente evoluia num ambiente conturbado. O pai dele se suicidou há quatro anos e sua mãe vive num centro de tratamento especializado por causa de problemas cerebrais provocados por um acidente.




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