O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), manifestou nesta sexta-feira sua posição contrária à proposta de reforma tributária. Ele disse temer que o contribuinte seja o grande prejudicado pelo aumento da carga tributária e afirmou que a proposta do governo não se trata de uma reforma estrutural, mas de um projeto enviado ao Congresso para prorrogar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e assegurar a Desvinculação de Receitas da União (DRU). “As demais normas não passam de muito enfeite para pouco recheio”.

No caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o senador observou haver ainda muitos conflitos sobre as novas alíquotas do imposto e que estas já indicam aumento da carga cobrada. Ele ressaltou ainda que está havendo uma quebra do acordo firmado entre o governo e os Estados.

O líder do PFL, senador José Agripino (RN) ressaltou, em aparte, que a reforma encontrará resistências e será alterada no Senado — como já esperava o governo. A base aliada defende que os senadores não alterem a reforma da Previdência, já aprovada na Câmara, e se concentrem nas mudanças da reforma tributária.