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Sua empresa está preparada?
Do Diário do Grande ABC
16/07/2020 | 23:59
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Vencemos tantos gigantes e, por ironia do destino, um vírus colocou o mundo de joelhos. Não só a indústria, mas principalmente o comércio e a prestação de serviços foram drasticamente afetados pela pandemia. E ainda temos outro desafio: o reinício das atividades em condições seguras. Crises demandam mudanças de hábito, a forma antiga terá de ser abandonada e novo formato de trabalho deverá ser adotado. As empresas devem se preparar, inclusive com a adoção de planos estratégicos e de contingência. Medidas como distanciamento físico e acurada higiene dos locais de trabalho são essenciais. Avaliação da temperatura corporal e realização de testes para Covid-19 são necessárias para conter o contágio.

Em termos de saúde e segurança do trabalho, o ambiente deve ser continuamente avaliado quanto aos riscos químicos, físicos e biológicos, segundo o que determina a Norma Regulamentadora 9 – PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). Anteriormente, os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) satisfatoriamente neutralizavam os agentes existentes, agora precisamos também das medidas de proteção individuais, coletivas e administrativas para a gestão da prevenção. O retorno ao trabalho exige muito mais das empresas do que a obrigatoriedade do uso de máscaras, lavagem correta das mãos e uso de álcool gel. A probabilidade do contágio aumenta à medida em que o colaborador sai de seu isolamento e faz uso do transporte público, confinado em veículos e locais de grandes aglomerações nas estações.

O layout dos postos de trabalho deve ser repensado para a manutenção da distância de segurança. A ampla ventilação natural deve ser privilegiada. A limpeza das áreas precisa ser reforçada, com vários repasses diários em pontos de contato coletivo como maçanetas, botões de equipamentos e interruptores. Aliada às medidas de proteção, é imprescindível o treinamento, não só para instruir sobre as formas de contágio, como também para informar as medidas adotadas e seu cumprimento obrigatório. Outras ações administrativas incluem, por exemplo, limitar o número de pessoas em praças de café e refeitórios.

É preciso ter em mente que todas as providências elencadas anteriormente servem não somente para evitar o contágio da doença, como também preservar a empresa no caso de fiscalização, que, eventualmente, poderá interditar o ambiente de trabalho por risco grave e iminente à saúde dos trabalhadores. Por isso, é importante que as companhias assegurem seus direitos, documentando todas as ações. Ao final, sairemos mudados desta pandemia, a qual não trouxe somente mortes e o caos, mas também vários conceitos novos.

Antonio Carlos Vendrame é fundador e diretor da empresa Vendrame Consultores.


PALAVRA DO LEITOR

Mutilação
Há tempos um assunto vem me incomodando, e o que presenciei deixou-me indignado: empresa que faz poda de árvores (não sei se contratada da Enel ou da Prefeitura de Santo André, pois quando abordei funcionários, recusaram-se a dizer para quem trabalhavam) está realizando serviço lamentável na cidade. Árvores quase centenárias na Vila Alzira, com copa (de 15 metros) acima da rede elétrica, são mutiladas, com galhos cortados até sobrar apenas o tronco. Árvores que testemunharam o crescimento de Santo André e seus habitantes são hoje destruídas. Essa empresa, empenhada em destruir a vegetação de rua do município, já devastou a Rua Caminho do Pilar, a Vila Pires, e agora se encaminha para a Vila Alzira. O objetivo é destruir tudo? Enquanto Milão, na Itália, tem projetos para plantar 3 milhões de árvores (criando florestas urbanas), aqui destruímos as poucas que existem.
Luis Fernando Armidoro Rafael
Santo André

Flamengo
Jorge Jesus, técnico do Flamengo, do Rio de Janeiro, chegou de mansinho e, com novas peças, organizou e tornou o Flamengo quase imbatível (Esportes, ontem). Em todas as disputas foi o vencedor. Liverpool e Fluminense foram as pedras em sua trajetória. De volta ao Benfica, saiu por cima e vai deixar saudades.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)

522,7 mil
Como efeito desta devastadora pandemia da Covid-19, somente nos primeiros 15 dias de junho 522,7 mil empresas foram fechadas no País, como indica pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa pesquisa também constata que no início de junho, das 4 milhões de empresas do País, 2,7 milhões funcionavam de forma normal ou parcialmente, e 40%, ou 1,3 milhão delas, estavam fechadas de forma temporária ou definitivamente. E, pelo impacto da pandemia, que transformou em caos a atividade econômica, esses dados desoladores não surpreendem. E o número de falências foi 71,3% maior em junho do que no mesmo período do ano anterior. E, em consequência desta histórica e inédita derrocada do setor produtivo, o desemprego, infelizmente, também segue elevado e avassalador. Tudo em razão da tal ‘gripezinha’ de Jair Bolsonaro. Santa ignorância!
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

Salvos
Dizem os ‘entendidos’ de política que o PT quebrou o Brasil. Mas nos governos petistas o País fabricava aviões, navios, plataformas de exploração, descobriu o pré-sal e foram lançados alguns programas de auxílio ao trabalhador. Ainda bem que fomos salvos pelo golpe. Agora nem máscaras contra a Covid-19 fabricamos.
Juvenal Avelino Suzélido
Jundiaí (SP)

Bonzinho
Em tempos da pandemia de Covid-19, se o senhor Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, grupo de risco, pedir para sair o STF (Supremo Tribunal Federal) solta? Eu só quero entender.
Tânia Tavares
Capital

Vergonhoso
Sobre o auxílio emergencial pago para 1.210 servidores ilegalmente (Política, dia 13), interessante que o governo federal justifica que total de 399,3 mil benefícios, quase a metade da população de São Bernardo (786.466 habitantes), já tinham sido bloqueados antes mesmo que o TCU (Tribunal de Contas da União) constatasse a existência de 620,2 mil casos suspeitos. Entendo que deveria ser tarefa para a Polícia Federal investigar a fundo esses prováveis usurpadores e identificá-los, indiciá-los em inquérito policial e remeter para a Procuradoria-Geral da União, exigindo que os mesmos devolvam os valores recebidos, tim-tim por tim-tim, e que sejam banidos do serviço público. Até porque, para o Brasil é vergonhoso. De um lado, alguns governantes são presos por desvio de dinheiro destinado ao combate do coronavírus. De outro, servidores públicos afanam, ou tentam afanar, dinheiro público que deveria ser usado para beneficiar única e exclusivamente determinado grupo de pessoas nesta época de pandemia da Covid-19.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema 




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