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Verdão ignora reclamação de Scolari
22/02/2011 | 07:30
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A liderança do Paulistão - 20 pontos - não esconde os problemas do Palmeiras. Logo após o empate sem gols com o Mogi Mirim, o técnico Luiz Felipe Scolari voltou a reclamar, desta vez mais exaltado, sobre a falta de um centroavante. O vice-presidente Roberto Frizzo ouviu o que foi dito e rebateu ontem dizendo que a diretoria não está fazendo economia para contratar reforços.

"Não é economia. Seria se a gente tivesse o dinheiro e não quisesse gastar. Mas não tem como gastar uma coisa que não temos", disse o dirigente, que negou ter ficado chateado com a reclamação pública do treinador. É normal a gente se exaltar após um resultado que não nos agrada. Somos um time e jogamos juntos. Se amanhã eu ficar nervoso com alguma coisa e falar demais vão me entender também."

Enquanto Felipão e até os jogadores suplicam por um homem-gol, o dirigente minimiza o problema e acha que o simples fato de contratar um camisa nove não significa que o time passará a ganhar todas e terá o melhor ataque do campeonato. "Parece que se chegar um camisa nove todas as bolas vão entrar e nossos problemas vão acabar, mas não é por aí. O mais importante é que estamos criando chances."

Contra o Mogi Mirim, o Palmeiras cansou de criar oportunidades para marcar, mas não acertou a pontaria. No fim, só não perdeu graças a duas grandes defesas de Bruno. "Temos de destacar a volta do Valdivia, o Gabriel Silva retornando da Seleção (sub-20), o nosso goleiro jogando muito bem. Essas coisas positivas", disse Frizzo, que admitiu sentir a pressão em gerenciar o futebol. "Estamos aqui há 30 dias e querem que a gente resolva todos os problemas. Não é assim."

 

GATO POR LEBRE

Com pitada de ironia e outra de bom humor, Frizzo deu a receita para Felipão não precisar tanto de um centroavante. "Ele poderia mudar o esquema tático. Há vários times que estão jogando bem e nem centroavante têm."

Mas o conselho do dirigente não significa que ele e o presidente Arnaldo Tirone estejam de braços cruzados. A procura pelo atacante segue. Frizzo até se diverte com algumas indicações que chegam. "Me ofereceram um japonês que joga na Segunda Divisão de lá. Qual a chance de esse cara dar certo aqui? E ainda falaram que ele chutava com as duas pernas. É capaz de cair", brincou.

O que ele mais tem ouvido são agentes indicando jogadores ruins como se fossem craques. "Teve outro que me disse: ‘Tenho um cara aqui que faria o Evair limpar sua chuteira'". Sobre nomes de peso, o último comentado foi Grafite, que está no Wolfsburg.

Mais ironias do dirigente: "Se algum investidor quiser pagar para os alemães por um atleta de 31 anos, pode até ser", afirmou.

 

 

Valdivia aprova seu retorno e promete melhorar mais

O meia Valdivia aprovou a sua primeira atuação pelo Palmeiras em 2011. No domingo, o chileno foi titular no empate por 0 a 0 com o Mogi Mirim, fora de casa, em partida válida pela nona rodada do Campeonato Paulista. Ele atuou por 65 minutos e admitiu que ainda está sem ritmo de jogo e prometeu melhorar o seu desempenho.

"É claro que eu vou melhorar muito mais, mas acho que fui bem. Para quem estava há tanto tempo sem jogar, procurei me movimentar bastante e ajudar a equipe inclusive na marcação. Aos poucos, vou evoluir, mas estou feliz só com o fato de ter voltado bem e sem qualquer tipo de dor. A confiança vai aumentar com o tempo", afirmou.




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