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Kiss: 'vamos deixar vocês loucos'
Vivian Whiteman
Da Redaçao
10/04/1999 | 16:23
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O Kiss arma seu circo dos horrores no Autódromo de Interlagos, em Sao Paulo, no próximo sábado (dia 17), naquele que tem tudo para ser o evento musical do ano. A expectativa de público é de 35 mil pessoas e, além disso, será a primeira vez que a banda tocará por aqui com sua formaçao original - Gene Simmons (baixo, vocal), Paul Stanley (guitarra, vocal), Ace Frehley (guitarra) e Peter Criss (bateria) - com direito a maquiagem e figurino completo. Na quinta-feira passada, horas antes do grupo viajar dos Estados Unidos para Buenos Aires, na Argentina, o Diário conversou, por telefone, com Simmons, cuja enorme e sugestiva língua é uma espécie de símbolo da banda. O baixista falou sobre a turnê do disco Psycho Circus, de voltar ao país e sobre sua inacreditável vida sexual (a música Calling Dr. Love, escrita por Stanley, faria referências à fama de garanhao do músico). Leia trechos da entrevista:

DIARIO - Qual a expectativa para os shows no Brasil?
GENE SIMMONS - A banda já esteve por aí em duas ocasioes. Ainda me lembro da primeira vez, em 1983, quando fizemos um show inacreditável. Os fas demonstravam uma grande paixao pelo grupo e pelas músicas, o que realmente estimula quem está no palco. Acho que dessa vez nao será diferente. Provavelmente, será ainda melhor. Vamos deixar vocês loucos.

DIARIO - Você acha que será melhor porque dessa vez os fas estarao vendo o Kiss original?
SIMMONS - A turnê Psycho Circus é uma das melhores oportunidades para ver a banda, desde o início da nossa carreira. Além de estarmos juntos de novo, o show é uma superproduçao. Temos muitos efeitos especiais, óculos 3D etc. Imagine nossas caras paradas bem na sua frente ...

DIARIO - Você acha que a banda está tocando melhor as cançoes antigas?
SIMMONS - Isso é meio complicado de responder, porque depende de algumas coisas. Por exemplo, se um garoto vai ao show e está vendo o Kiss pela primeira vez, ficará meio paralisado, achando uma coisa de outro mundo, inacreditável. Para quem já viu, a história é outra. Aí, é como um jogo de futebol do seu clube preferido: o time entra em campo e a torcida se levanta, porque já sabe do que se trata. As cançoes têm um impacto diferente dependendo da platéia, mas posso garantir que vamos detonar.

DIARIO - Muitos críticos apontam Creatures of the night como o último grande disco do Kiss. Você concorda?
SIMMONS - Sem dúvida, é um grande álbum. Bem, discos sao como corridas de cavalo: cada apostador escolhe um, ou nao haveria páreo. Os meus preferidos sao o Creatures of the night e Revenge, mas acho que também fizemos um ótimo trabalho em Psycho Circus. Estamos em excelente forma.

DIARIO - Quando você diz "excelente forma", está se referindo também ao aspecto físico?
SIMMONS - Sim, com certeza. Fazemos um pouco de ginástica e somos mais rígidos do que o comitê olímpico, no que diz respeito a drogas e bebidas. Essas substâncias sao completamente proibidas na banda, porque, no passado, as drogas nos causaram muitos problemas. Esse controle é realmente necessário se quisermos respeitar a banda e os fas. Se você quer ser o melhor, tem de trabalhar duro para isso. Em todos os sentidos.

DIARIO - Prestes a completar 50 anos, a vida na estrada ainda nao diminuiu seu vigor?
SIMMONS - Oh, nao, de jeito nenhum. Vou fazer 50 anos em agosto e nao me sinto pior por causa disso. A questao da idade é muito relativa, depende de quem a está vivendo. Você pode ter 20 anos e uma vida chata e imbecil, ou, como eu, estar com 50 curtindo as coisas que você gosta e se divertindo muito. Para mim é só mais um aniversário, mais um ano bom para c...

DIARIO - Numa entrevista antiga, você disse que já havia mantido relaçoes sexuais com mais de mil mulheres. É verdade?
SIMMONS - Sim, é verdade. Mas agora já sao 4 mil, mais ou menos...

DIARIO - Mas você nao acha que é um número fora do comum?
SIMMONS -Nao, é só uma questao de tempo. Se você perguntar para um garoto de 12 anos quantas refeiçoes ele já comeu em sua vida, a resposta será um número bem menor do que o de refeiçoes que eu já comi. Isso foi ao longo de muitos e muitos anos. Gosto muito de mulheres bonitas, como as brasileiras, por exemplo. Aliás, espero conhecer garotas bonitas enquanto estivermos tocando no Brasil...

DIARIO - Além das garotas, quais sao os planos para esse ano?
SIMMONS - Seguimos com a turnê até agosto, quando fazemos uma pausa para divulgar o filme Detroit rock city. Na verdade, o filme nao é nosso, nós só aparecemos tocando no final. É a história de quatro fas do Kiss que vao até Detroit para ver a banda. Acho que deve passar no Brasil também. Depois, continuamos viajando com a turnê, que é um sucesso em todo o mundo.

DIARIO - O Kiss vai sobreviver a essa turnê?
SIMMONS - Vai sim. Acho que todos querem que sobreviva.




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