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Em casa, Brasil busca fim de tabu
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
11/09/2006 | 22:57
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Em busca da quebra de um incômodo jejum, o Brasil inicia hoje a disputa de seu oitavo Mundial de basquete na condição de anfitrião. O último título desta importância conquistado dentro de casa aconteceu há 43 anos, no Rio de Janeiro, com a equipe masculina.


Agora, a tarefa de reconduzir o Brasil ao lugar mais alto do pódio é das mulheres. A partir das 15h15, as comandadas do técnico Barbosa enfrentam a Argentina no Ginásio do Ibirapuera na rodada inaugural do 15º Campeonato Mundial Feminino – Globo, Sportv e ESPN Brasil transmitem ao vivo.


De 1954 a 1997, o Brasil sediou dois Mundiais Adultos Masculinos, três Mundiais Adultos Femininos e dois Mundiais de Base: um Juvenil Masculino e um Juvenil Feminino. O desempenho, no entanto, foi apenas regular. Depois do ouro no Adulto Masculino em 1963, o país conseguiu no máximo uma medalha de prata em 1979, com os homens do juvenil.


No Mundial Feminino que inicia-se hoje, a missão de conquistar o título será nada fácil. Os Estados Unidos são disparados os grandes favoritos. Há 20 anos, as norte-americanas dominam o cenário internacional do basquete feminino e, neste período, asseguraram quatro dos cinco mundiais disputados. A hegemonia do país no torneio só foi interrompida em 1994, quando o Brasil ganhou na Austrália o seu primeiro Mundial.


E é justamente na geração que participou daquela conquista que está a principal aposta de Barbosa. Quatro atletas continuam na seleção e são os pilares do esquema brasileiro: Janeth, Alessandra, Helen e Cíntia.


Para Janeth, 37 anos, o fator casa pode ser determinante para o grupo conquistar o bicampeonato. “Buscaremos uma medalha. Temos capacidade para isso e contamos com os torcedores paulistas para alcançar o objetivo”, disse. “O Mundial de 1983 no Brasil me influenciou a jogar basquete. A realização da competição aqui é motivadora e estamos ansiosas pela repercussão”, afirmou.


A princípio, a tarefa de Janeth e cia. não será difícil. A Seleção Brasileira está no Grupo A ao lado de Argentina, Espanha e Coréia e não deve ter grandes dificuldades para classificar-se em primeiro lugar. Na fase mata-mata, no entanto, topará com potências como Austrália, Rússia, República Checa, além de, é claro, Estados Unidos.



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