"Tenho uma personalidade muito forte, não há nenhuma dúvida a respeito, mas no Mundial tento fazer com que somente aflore em meu jogo", afirma Sas, que completará 26 anos em agosto. "Estou consciente de que devo antepor o interesse da equipe a minhas emoções", acrescentou.

Seus esforços se traduziram no gol contra o Brasil (1-2) e no primeiro gol contra a China (3-0), quando o jogador do Galatasaray, com 18 convocações nas costas, jamais tinha marcado. Além disso, apesar de ser muito temperamental, só recebeu um cartão amarelo em quatro partidas.

"Nos prognósticos sobre os cartões vermelhos antes do Mundial, muitas pessoas tinham apostado em mim como favorito, mas, por enquanto, tudo vai bem", reconhece o atacante.

Os hipotéticos apostadores que o jogador menciona não teriam corrido maiores riscos com seu dinheiro, considerando que em sete anos de carreira, Sas já agrediu vários jogadores, inclusive funcionários e dirigentes. Seu ‘pavio curto’ é conhecido inclusive pelos vidraceiros de Istambul.

Em certa ocasião, ao final de uma partida em que não esteve bem, perdeu completamente o controle de si mesmo e destruiu a socos uma vidraça no vestiário do Galatasaray. A partir de então, a maioria dos clubes turcos instalou vidros blindados em suas janelas.

No sábado, Sas espera uma luta intensa contra os senegaleses. Ele terá de tentar mais do que nunca dominar seu caráter agressivo, pelo bem de sua equipe.