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Compra de peixe exige atenção do consumidor
Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
05/04/2004 | 20:54
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  Os que acham que escolher peixe é um mistério, mas não pretendem comer carne vermelha na Semana Santa, uma saída é seguir os conselhos da Fundação Procon-SP. A primeira coisa a fazer é a pesquisa de preço – peixe nessa época é sempre mais caro. Mas não basta: é preciso avaliar a qualidade do alimento antes de levar o produto para a casa: aparência, cheiro, e consistência.

A primeira orientação é verificar a aparência do peixe: o cheiro não pode ser forte; os olhos devem estar salientes e brilhantes; as guelras, vermelhas; e as escamas devem estar bem aderidas.

O bacalhau não pode ter manchas avermelhadas ou pintas pretas no dorso (são sinais de deterioração). Pressionada, a carne deve estar firme e consistente.

O peixe fresco ou resfriado deve estar envolto em gelo (nas feiras) ou em câmaras frigoríficas (nos supermercados). Os funcionários devem sempre usar luvas descartáveis para manusear o alimento. O balcão de exposição de peixe congelado e embalado não pode estar superlotado, impedindo a circulação de ar frio e prejudicando a conservação. Depois de descongelado, preparo e consumo da carne devem ser feitos rapidamente.

Na embalagem deve haver o registro do órgão de fiscalização competente – SIF (Serviço de Inspeção Federal), Sisp (Serviço de Inspeção de São Paulo) ou SIM (Serviço de Inspeção Municipal), a temperatura de conservação, data de acondicionamento e prazo de validade.

Confiança – A dona de casa Neide Alves Costa, 56 anos, não compra peixe em outro lugar que não a feira perto da sua casa, em São Caetano. “Freqüento esta barraca de peixe há 20 anos e nunca tive problemas”, conta. Mas, além da confiança, Neide sabe reconhecer as características do peixe numa boa compra. “A carne deve estar firme, os olhos salientes e o cheiro não pode estar forte”, ensinou.

Os conselhos são os mesmos de Terezinha Lisboa Parin, 69 anos. “Eu verifico tudo: os olhos, as guelras, as escamas e a carne. Nunca tive problemas; é só escolher bem.”

Na barraca, o peixe fica em câmara frigorífica com tampa de acrílico. Segundo o proprietário, João Gonçalves Nascimento, a temperatura no local é de 6 graus negativos. O transporte do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), onde Nascimento compra o produto, até a feira é feito em um caminhão com baú térmico.

Os consumidores que tiverem problemas com o peixe devem reclamar diretamente com o feirante ou com o gerente do supermercado. Se o problema não for solucionado, o consumidor pode registrar uma queixa em qualquer órgão de defesa do consumidor – no Procon do seu município ou na Dima (Departamento de Inspeção Municipal de Alimentos) – portando a nota fiscal ou o tíquete de compra; o nome e o endereço do estabelecimento; e o alimento em sua embalagem original, se possível.




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