O bancário João Manuel dos Santos Domingues, 35 anos, é mais um entre os milhões de portugueses residentes no Brasil que dividirão a preferência no jogo de hoje, pela terceira rodada do Grupo G da Copa do Mundo.

Morador de São Caetano desde os 4 anos, quando chegou com os pais de Santiago da Guarda (próximo a Coimbra). Seu apartamento na cidade do Grande ABC está totalmente decorado com bandeiras, flâmulas e camisas dos dois países.

Ele confia que o time de sua terra-natal tenha boa longevidade no Mundial africano. Mas será preciso repensar conceitos. João prefere que a equipe do técnico Carlos Queiroz não defenda tanto e esqueça todo assédio em torno do atacante Cristiano Ronaldo. "Ele é como o Ronaldinho Gaúcho. É jogador que se destaca apenas em clubes. Em 2006 (Copa da Alemanha), o esquema não dependia tanto dele e fluia melhor", afirmou.

Domingues elege o meia Tiago e o zagueiro Ricardo Carvalho como pulmões e destaques do atual grupo português nesta Copa. Na hora de explicar o palpite para a partida de hoje, porém, a essência mais polida e tipicamente lusitana fica para trás. Entra aí o famoso jeitinho brasileiro.

"Para o meu coração, será 1 a 0 para Portugal. Mas para o bem do meu bolso, o Brasil vencerá pelo mesmo placar", brincou João, que apostou na equipe de Dunga no bolão do banco em que trabalha.

"O desenho da Copa até agora foi repleto de surpresas, e ficou bem favorável para o Brasil faturar o hexa. Sou realista. Creio que o limite de Portugal será as semifinais. Acho meio incondizente um time que se classificou na repescagem faturar o título", completou o bancário.