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Inadimplência das empresas diminui 9%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
30/07/2010 | 07:26
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O reaquecimento da economia neste ano refletiu em expressiva melhora na situação financeira das empresas. Dados de levantamento da Serasa Experian mostram que a inadimplência no setor empresarial caiu 9% no primeiro semestre. Foi a maior retração para esse período em seis anos.

A evolução favorável desse indicador tem, em parte, relação com a fraca base de comparação. Isso porque de janeiro a junho de 2009 frente ao seis meses iniciais de 2008, os calotes das companhias tinham crescido 30,3%.

No entanto, o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida, ressalta que, mesmo com a política do Banco Central - com elevações sucessivas das taxas de juros básicos - de desacelerar a atividade para conter a inflação, a partir do segundo trimestre, as companhias têm mantido, de forma geral, a estrutura de capital equilibrada.

Os números dessa pesquisa mostram isso. No mês passado, a inadimplência dos negócios se reduziu 5,8% frente a maio e está 7,2% menor em relação a junho de 2009.

Na avaliação de Almeida, essa melhora no índice mensal, apesar da atuação do governo, deve-se às condições mais acessíveis do crédito para pessoa jurídica, principalmente em termos de prazo. E espelha também a busca de financiamento via mercado de capitais, com lançamento de ações e debêntures.

Composição - Na composição do indicador de inadimplência, os protestos colaboraram com redução de 4% e os cheques sem fundo contribuíram com diminuição de 2% na variação mensal (junho frente a maio), enquanto as dívidas com bancos pressionaram ligeiramente para cima (0,2%) o índice geral.

Por sua vez, de janeiro a junho, os débitos não honrados com bancos tiveram um valor médio de R$ 4.744,44, elevação de 3,3% em relação ao primeiro semestre de 2009.

Os títulos protestados ficaram, em média, em R$ 1.620 nos seis primeiros meses, queda de 10,4% sobre igual período de 2009.

Já os cheques sem fundo tiveram valor médio de R$ 2.011, alta de 38,8% na comparação com o primeiro semestre do ano passado.




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