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Sabainski diz que deixa presidência na próxima sessao
Por Gilberto Bergamim Jr
Da Redaçao
16/11/2000 | 00:51
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O presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Silvio Sabainski (PV), deve pedir a renúncia do cargo na próxima segunda-feira durante a sessao extraordinária que pode aprovar, em segunda discussao, o Orçamento Municipal para 2001. "Quero a paz para Rio Grande por isso decidi, atendendo a conselhos do dr. Sérgio Tank (assessor jurídico da Câmara), que seria mais viável tomar a decisao. Fiz a carta e está nas maos dele", afirmou Sabainski.

A informaçao foi confirmada por Tank, que declarou estar com a carta de renúncia para apresentá-la aos outros 14 vereadores na próxima plenária. "Ele vai renunciar", afirmou Tank.

Sabainski disse, ainda, que vai se retirar da mesa diretora para devolver a harmonia ao Legislativo; seus quatorze colegas parlamentares sao contrários a sua permanência na chefia da Câmara. Sabainski afirmou, porém, que a atitude nao representa o temor por qualquer representaçao dos parlamentares que firmaram oposiçao a ele (todos).

"Se eles entrarem com representaçao eu estarei me defendendo. Só quero a democracia e o direito de defesa, algo que eles nao me concederam quando me destituíram. Por isso, entrei com a liminar e ganhei", disse o presidente.

Sergio Tank afirmou acreditar que a cassaçao da liminar que devolveu o posto a Sabainski nao deve se concretizar. A alegaçao do assessor jurídico é a de que a renúncia da mesa diretora foi parcial. "Só 80% da mesa renunciou, pois o Silvio (Sabainski) nao deixou o cargo, portanto, a mesa está parcialmente desfeita e nao totalmente", afirmou.

Os vereadores Adler Teixeira (PSDB) o Kiko, e Pedro Estanqueira (PPS), o Bacalhau, afirmaram anteontem que o advogado de Sabainski, Radamés Fortes, omitiu à juíza Margarete Pellizari a informaçao de que a mesa diretora renunciou ao cargo, por isso, os trabalhos da Câmara estariam comprometidos com a volta de Sabainski, já que nenhum dos parlamentares deve aceitar fazer parte da direçao da Casa se nao houver a troca do presidente.

Kiko afirmou que esta será uma decisao prudente de Sabainski, devido ao fato de o presidente "nao ser mais bem visto pelo Legislativo". "Se ele nao tomasse essa decisao seria muito mais desastroso, pois teria de responder por representaçoes que poderiam implicar em sua cassaçao", disse.

Segundo o parlamentar Valdir Marques (PPS), independente do procedimento de Sabainski, o pedido de cassaçao da liminar será mantido como medida preventiva. O socialista considerou a atitude de Sabainski sensata. "Se a situaçao continuasse nesse imbróglio, a cidade seria muito prejudicada", disse Marques.

Sabainski explicou que a iniciativa foi tomada após uma conversa com os vereadores anteontem, embora tenha afirmado que está chateado com os parlamentares. "Eu nao sei jogar nesse sistema de formar um grupo para derrubar alguém da forma como foi feito. Hoje, até um assassino tem direito à defesa", afirmou.

O presidente disse que a situaçao na Câmara ficou desagradável com a posiçao contrária de toda a bancada à sua permanência, porém, declarou que a palavra final será dada só na segunda-feira. "Tudo indica que vou renunciar, porém, sei que nao é qualquer juiz que pode dar um parecer favorável à cassaçao da liminar que me deixou na presidência", finalizou Sabainski.




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