A prisão de Melo aconteceu na manhã desta sexta, quando agentes federais da Delegacia Fazendária invadiram a casa no Taboão e encontraram vários computadores, impressoras off-set, máquinas de xerox, papéis moeda lavadas – com fio de segurança e marca d’água – e papéis especiais para impressão em branco no local. Algumas notas de R$ 50 defeituosas foram encontradas em um lixo na casa.
Segundo o delegado Wagner Castilho, chefe de comunicação da PF, o local pode ser considerado o principal entre os outros 11 endereços estourados nos últimos dias. “Tinha equipamentos de grande porte e de última geração para a falsificação do dinheiro, especialmente notas de R$ 50. As notas eram quase perfeitas; as falhas eram quase imperceptíveis”, disse.
Na tarde desta sexta, todos os integrantes da quadrilha presos durante as investigações foram apresentados na sede da Polícia Federal, na capital. Foram presos Manoel Martinho Rafael – para a polícia, o chefe do esquema de falsificação –, sua mulher Izildinha dos Santos Carvalho Pantaleão, seus sogros Paulo Pantaleão, o Chulinho, e Eliana Fernandes Pantaleão. Também foram presos Débora Fernandes de Oliveira, a Loira, José Alberto Alves Borges Serafim, Cláudia Carvalho de Araújo, Cláudio Paulino da Silva, além de Melo, preso na sexta.
De acordo com a polícia, Rafael e seu sogro são reincidentes e já haviam sido presos anteriormente por falsificação de moedas.
Todo o bando foi indiciado pelo mesmo crime, além de formação de quadrilha.
Segundo o delegado Castilho, as investigações começaram há três meses, mas somente nos últimos dias, a partir das primeiras prisões, puderam desvendar os locais onde funcionavam as gráficas do crime. Equipamentos modernos foram encontrados na maioria dos lugares. Cada nota era vendida a R$ 5 para os distribuidores e repassada a R$ 16.
Conexão – A distribuição do dinheiro falso tinha uma conexão com quatro Estados brasileiros, além de Brasília: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Goiás. A polícia acredita ter prendido todos os integrantes dessa quadrilha de falsificadores do dinheiro.
As investigações da PF agora se resumirão em descobrir e prender os distribuidores do dinheiro nesses Estados.
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