O atacante Ronaldo se envolveu em uma confusão, na manhã de ontem, com três travestis num motel na Barra da Tijuca, no Rio, e teve de prestar depoimento na 16ª Delegacia de Polícia, acusado por um deles de tentativa de agressão. O travesti André Luís Ribeiro Albertino, conhecido como Andréia Albertini, foi quem fez a queixa ao delegado Carlos Augusto Nogueira e disse ainda que Ronaldo não lhe pagou o combinado por um encontro - os outros dois travestis que estiveram no motel não foram identificados pela polícia.

O jogador do Milan, em seu depoimento, rebateu a acusação e afirmou que foi vítima de uma tentativa de extorsão por parte de Andréia Albertini - teria pedido R$ 50 mil para Ronaldo. O delegado, em entrevista coletiva, disse que vai determinar a abertura de inquérito para apurar o caso. Pouco antes, o advogado de Ronaldo, Amir Bocayuva, confirmou que seu cliente teve um problema pela manhã.

A informação até o início da noite de ontem era de que Andréia Albertini teria relatado na delegacia apenas sua indignação com o não-pagamento do encontro.
"Ele não me fez nenhuma ameaça de agressão, mas disse que era o Ronaldo e que eu não era ninguém e que nunca mais eu ia fazer ponto na Sernambetiba", disse o travesti.

Ainda ontem, um vídeo apareceu no site do YouTube, supostamente gravado por Andréia Albertini na saída do motel, mostra uma imagem de Ronaldo com a camisa do Flamengo em que se ouve uma voz (do próprio travesti) que diz estar filmando apenas para provar que é mesmo o jogador que está ali.

Ronaldo disse que se sentia triste, por causa dos últimos obstáculos em sua carreira. "Ele contou que precisava de alguém para extravasar. Então, contratou uma prostituta. Seguiram para o Motel Papillon, onde ela chamou mais duas amigas. Pouco depois, Ronaldo constatou que se tratavam de três travestis e a confusão começou", contou o delegado Carlos Augusto Nogueira.