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Christiane Tricerri vai protagonizar curta em Sto.André
Mauro Fernando
Do Diário do Grande ABC
11/09/2002 | 19:54
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Ganha vida mais um projeto saído da ELCV (Escola Livre de Cinema e Vídeo), de Santo André. Iniciativa de Sonia Varuzza (roteiro), Fernando Bonfim (direção) e Danilo Javarotto (direção de fotografia), o curta Todas as Horas do Fim tem como protagonista Christiane Tricerri.

A atriz – que atuou em Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, montagem do Teatro do Ornitorrinco dirigido por Cacá Rosset – interpreta Cecília, uma mulher em crise que volta à casa que marcou sua juventude. “Fiquei curiosa quando me chamaram, já que não há cenas de sadomasoquismo, nada ligado a sexo. Na TV, só me chamam para falar sobre masturbação, sexo oral e sexo anal. Quero trabalhar, mas não me deixam”, afirma.

“Todas as Horas do Fim é algo mais poético, uma ode à vida. Cecília é uma personagem no limite, prestes a escolher entre pular pela janela ou ser feliz”, diz Christiane. “Ela perde um grande amor na juventude e, quando recebe a casa como herança, retoma o não resolvido.”

“Queríamos uma boa atriz, não suportaríamos uma diva. Christiane foi a primeira opção”, diz Sonia, que define Cecília como “uma mulher bonita, com sensualidade”. “Os homens mexiam comigo na rua quando eu ainda era adolescente”, afirma Christiane. Parece que o roteiro foi escrito para a atriz. “A primeira leitura (do texto) foi um arraso, a Christiane encontrou o tom perfeito”, diz Sonia.

“Todas as Horas do Fim é um conto que escrevi há 15 anos. Participei de um concurso que tinha como jurados os escritores Caio Fernando Abreu (1948-1996), Hilda Hilst e João Silvério Trevisan. A Hilda gostou do texto, achou-o feminino e delicado”, afirma Sonia. O conto ficou engavetado até o ano passado, quando a roteirista resolveu adaptá-lo.

O curta será rodado com câmera digital – as filmagens começam dentro de dois meses em locações no Grande ABC. “Trabalharemos com a subjetividade, a história pede mais introspecção”, diz Bonfim. “Mas não será um filme experimental”, afirma Javarotto. O orçamento é de cerca de R$ 25 mil, ainda não captados.




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