Preocupado com a acomodação do elenco, já que o Brasil é a única seleção a ter cinco títulos mundiais, Parreira pediu à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que programasse uma palestra de neurolingüística com Evandro Mota, que já trabalhou com as seleções de 1994 e 1998. Mota adotou a expressão “predadora de títulos” para caracterizar a equipe nacional. “A seleção tem de ter a ambição de ganhar todos os títulos que disputa”, disse Mota.
Parreira mantém como base o time que conquistou, com Luiz Felipe Scolari, o pentacampeonato na Ásia no ano passado. A defesa é praticamente a mesma. A única mudança é a presença de Dida com a camisa 1, substituindo Marcos, que fica no banco de reservas.
O lateral e capitão Cafu, os zagueiros Roque Júnior e Lúcio e o lateral-esquerdo Roberto Carlos formam o quarteto defensivo. O meio-campo é o mais alterado. Gilberto Silva é o único que esteve no Japão e na Coréia. Emerson, que será o primeiro volante contra a Colômbia, machucou-se pouco antes da estréia no Mundial e foi substituído na época por Ricardinho. Zé Roberto e Alex não estiveram na Copa. Ronaldinho Gaúcho, suspenso, deve atuar na segunda rodada. Kléberson também não aparece no time, por estar contundido. Na frente, a seleção reúne os dois erres, Ronaldo e Rivaldo.
Parreira não deu nenhuma instrução à defesa sobre como conter o atacante Aristizábal, do Cruzeiro, um dos principais artilheiros do Campeonato Brasileiro. Ele não quer o time atuando em função de um ou outro adversário. “Sabemos do potencial dele (Aristizábal), mas não haverá marcação individual”, afirmou o técnico, que aposta no bom desempenho de Alex. Ele terá a função de servir Ronaldo e buscar tabelas com Rivaldo para criar situações de gol. “É o melhor jogador no momento em atividade no Brasil.”
Treino - Na tarde deste sábado, o time de Parreira realizou o último treino, de reconhecimento. No local da partida, a equipe ocupou apenas metade do campo.
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