Para o próprio presidente Fernando Henrique, havia uma percepção de que o Brasil estivesse criando obstáculos à formação da Alca que, agora, não se comprova mais. Segundo ele, com esse discurso, a posição brasileira foi "colocada na mesa", e apresentada de forma a mostrar que o país está disposto a negociar. "É desejável que haja (a Alca) nas condições que nós propomos", enfatizou.
Sobre a reação do presidente norte-americano, George W. Bush, a seu discurso, Fernando Henrique apenas afirmou que "encaixou bem". Ele reiterou que deixou bem claro aos demais presidentes as diversas condições que o Brasil deseja para a implantação da Alca, e enfatizou que a nova área de comércio é "uma negociação comercial", enquanto o Mercosul é uma "integração" entre os países. "É apenas uma negociação comercial e, se for bem feita, será vantajosa", resumiu.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, esclareceu que o Brasil vai incluir no documento final a ser divulgado neste domingo essas condições para a nova área comercial, e lembrou que o país não quer discutir apenas itens tarifários, mas conceder maior importância aos subsídios e às questões anti-dumping. "São esses pontos que estão no documento que o Brasil vai insistir na negociação", disse o ministro.
Com informações da Agência Brasil.
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