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Polícia vigia 18 membros da facção
Luciano Cavenagui e Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
23/08/2006 | 22:12
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O serviço de inteligência do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), que abrange a Região Metropolitana, exceto a Capital, monitora 18 integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que atuam nessa área, incluindo o Grande ABC. De acordo com o diretor do órgão, delegado Nelson Guimarães, escutas telefônicas interceptadas pela polícia apontam que eles estão com medo de assumir a liderança na facção por temerem serem presos ou mortos.

“Em uma das ligações, um criminoso conversou com outro: ‘A situação está difícil. Quem não foi para a cadeia foi para o cemitério‘.” Esse quadro demostra que conseguimos enfraquecer o crime organizado na Região Metropolitana. Ninguém quer assumir o controle da facção nas ruas”, afirmou o delegado Guimarães.

De acordo com o setor de inteligência do Demacro, está havendo grande pressão dos cabeças do PCC que estão nos presídios, especialmente os do interior, para que os comparsas que atuam nas ruas tomem as rédeas dos negócios, especialmente tráfico de drogas e venda de armas, as duas principais fontes de renda da facção.

“Na minha jurisdição, esses criminosos não têm escolha: ou se entregam ou morrem, como ocorreu no caso dos 13 mortos em São Bernardo. Nessa ocasião, quem quis se render foi preso. Quem quis confronto foi morto”, afirmou Guimarães.

Dise – O delegado participou nesta quarta-feira da cerimônia de inauguração da nova sede da Dise (Departamento de Investigações Sobre Entorpecentes) e do GAS (Grupo Anti-Seqüestro) de São Bernardo, localizada na rua Alferes Bonilha, no Centro. Os dois departamentos, sob responsabilidade do delegado Waldir Antônio Covino Júnior, funcionavam antes no bairro Planalto.

Participaram do evento os prefeitos de São Bernardo, William Dib, e de São Caetano, José Auricchio Júnior, além de diversos delegados da região. O Dise/GAS também atua em São Caetano.

A nova sede conta com 10 salas de trabalho, uma sala de repouso, um mini-auditório (para reuniões e orientação da comunidade sobre questões relacionadas às drogas e a seqüestro), sala de interceptações telefônicas, refeitório e mobiliário novo.

“Tivemos uma melhora significativa na infra-estrutura, o que é fundamental para um combate eficaz à criminalidade”, afirmou o delegado Covino Júnior. Entre os últimos casos resolvidos pela Dise/GAS estão as investigações que resultaram na prisão, no início deste mês, de Olívio Gonzaga da Silveira, 30 anos, o Nêgo Lee, designado pelo PCC para reestruturar a organização do grupo no Grande ABC após a prisão de BH e Tonelada, ex-líderes regionais.




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