A Microsoft apresentou nesta terça-feira processos civis contra quatro americanos que usavam endereços na internet semelhantes a seus domínios para aumentar a quantidade de visitas, declarando guerra aos "cybersquatters", os invasores digitais.
"A Microsoft tem sido testemunha do crescimento dos domínios na internet que têm como objetivo obter benefícios" econômicos com o tráfego cibernético gerado por suas marcas populares, afirmou o advogado Aaron Kornblum, chefe da nova iniciativa para deter esta prática.
Esta nova forma de fraude digital é especialmente destinada aos internautas que preferem navegar digitando diretamente o endereço ao qual querem chegar, ao invés de usar motores de busca para localizá-lo, aumentando assim as chances de erros que os levarão a sites que na verdade não são da Microsoft, segundo a empresa.
Pelo menos 75% dos mais de dois mil domínios registrados por dia com marcas da Microsoft são destinados a operações profissionais, mas não relacionadas com a empresa, disse Rod Rasmussen, da Identidade na Internet, uma estatal que integra o "Programa de Defesa do Domínio" da companhia.
Assim, três americanos do estado de Utah (oeste) foram acusados de registrar 324 domínios cujos nomes têm associações com a Microsoft ou seus serviços, e contra um homem da Califórnia (oeste), que registrou 85 destes sites.
Desta forma, a gigante da informática declara guerra a dois tipos de "invasores digitais": os "typosquatters", que registram domínios com nomes compostos por previsíveis erros de digitação; e os "cybersquatters", que registram nomes de produtos legítimos antes da empresa. O site "msnfinance.
com", por exemplo, não tem qualquer relação com a Microsoft e traz links para seus sites comerciais.
O objetivo desta iniciativa legal é desmascarar as pessoas que atualmente registram domínios de forma anônima, violando os nomes de domínio já existentes, disse Kornblum.