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HQ ganha novo espaço no Grande ABC
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
15/01/2001 | 18:20
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  Os amantes das histórias em quadrinhos ganharão um novo espaço na região para pesquisa, leitura e atividades. Trata-se da gibiteca de Santo André, que deve ser inaugurada em quatro meses. Na semana passada, foi iniciada uma campanha de doação para arrecadar novos gibis e livros sobre o assunto. Começaram também os contatos com as editoras para a aquisição de títulos comerciais.

O espaço físico já está reservado na biblioteca Nair Lacerda, no Paço Municipal. No mesmo local podem ser feitas as doações. “Se for um volume grande, fazemos a retirada”, diz a gerente da biblioteca, Gláucia Saspadini. Os telefones para contato são 4433-0760 e 4433-0766.

O projeto de criação de uma gibiteca em Santo André é antigo, mas começou a se tornar realidade no ano passado. Além de reservar o espaço, começaram os estudos de projetos de atividades: “Queremos uma gibiteca dinâmica, com cursos, palestras e encontros”, afirma a gerente.

A elaboração desses projetos foi encomendada ao quadrinista Cesar Silva, o Cerito. Em 2000, ele foi o oficineiro de histórias em quadrinhos na cidade. Atuando na área há 25 anos, Cerito também terá a responsabilidade de manter a movimentação do local. Sua principal meta é trazer os grupos que atuavam em São Paulo. “Esse pessoal deixou de freqüentar a gibiteca de São Paulo quando ela se mudou para o Centro Cultural São Paulo, que é um lugar mais burocrático para a realização de eventos”, acredita o artista.

De acordo com a gerente Gláucia, as atividades a serem programadas não estarão restritas ao espaço da biblioteca Nair Lacerda. O objetivo é atender as 12 bibliotecas da cidade com cursos para iniciantes e de aperfeiçoamento.

Por enquanto, o acervo da gibiteca andreense se resume a poucas dezenas de títulos. Alguns deles muito interessantes, como a coleção do número 1 ao 31 do Fradim, de Henfil, editada na década de 70. Ou, ainda, exemplares importados, como o italiano Topolino, que é ninguém menos que o camundongo Mickey, de Walt Disney. Há também Fantasma, Os Trapalhões e Mad, entre outros. Aos interessados em obter informações em livros, um exemplo já disponível é Shazam!, de Alvaro de Moya.

O acesso à produção regional também está garantido. Um dos colaboradores é o funcionário da Prefeitura Adilson Lima, que doará sua coleção e sua própria produção. “O quadrinho é um incentivo à leitura. É literatura, mas precisa escapar do preconceito”, entende. No momento, a única gibiteca na região fica na Câmara de Cultura Antonino Assumpção, em São Bernardo.




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