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Igrejas católicas do Grande ABC guardam acervo de arte sacra
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
12/04/2009 | 07:52
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Falar em arte sacra é remeter a memória às igrejas de Ouro Preto, em Minas Gerais, e até mais longe, para os edifícios religiosos da Europa. Mas as igrejas católicas do Grande ABC conservam acervos exemplares de arte cristã que merecem uma visita cuidadosa.

 São esculturas, quadros, murais, mobiliário, afrescos e vitrais que resistem ao tempo dentro dos edifícios religiosos das sete cidades e que foram produzidos sobretudo por artistas italianos e brasileiros.

A maioria está em boas condições, como é o caso dos 31 vitrais com personagens bíblicos da igreja Matriz de São Bernardo, construção da década de 1940 que mistura estilo romântico e colonial. O local possui afrescos dos artistas Pujol Sabaté, Ramires e Frederico Duzzi, além de duas imagens, de 2,2 m², do holandês Antonius Josephus Maria van de Wiel.

Ainda em São Bernardo, a Capela Santa Filomena remonta a história da própria cidade. A construção coincide com a chegada dos primeiros imigrantes italianos a São Bernardo, em 1881. Foram eles quem ergueram a capelinha de não mais do que 30 metros quadrados. É a segunda capela mais antiga da região.

O chamariz é a fachada de aspecto simples e colonial, que lembra o Pátio do Colégio, na Capital. O pau-a-pique com o qual foi erguida acabou substituído por alvenaria moderna.

Uma obra rica em acabamento e em bom estado de conservação pode ser encontrada em Mauá, na pintura sacra do romeno Emeric Marcier que pode ser vista na Capela da Santa Casa de Misericórdia, na Avenida Dom José Gaspar, na Vila Assis. A pintura é tombada pelo patrimônio histórico.

Em Santo André, a Catedral do Carmo reserva aos visitantes uma bela amostra da obra dos irmãos Enrico e Ferdinando Bastiglia. São cerca de 2.000 metros quadrados de afrescos expostos em suas paredes. É também dos Bastiglia a representação da Santa Ceia de 14 metros de comprimento por quatro metros de altura da Matriz de Santo André, que completa 100 anos em 2009. Foi a primeira igreja católica erguida na cidade.

Sem apelos artísticos, a visita à igreja São Camilo de Lellis, em Camilópolis, vale pela curiosidade: construída na parte alta do bairro, do cume da escadaria é possível avistar toda a várzea do Rio Tamanduateí. "Diziam os antigos que era possível ver até a Avenida Paulista e a Serra da Cantareira", conta a historiadora Meire Borges.




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