Em entrevista coletiva, Chávez garantiu que os responsáveis serão capturados muito em breve e lembrou que, em dezembro de 2002, houve outro ataque a tiros no mesmo local, na Praça Altamira, durante um ato da oposição, no qual três pessoas morreram e várias ficaram feridas. Na época, os chavistas foram acusados pela agressão.

Essa praça, situada no distrito residencial de Chacao, no leste da capital, é um tradicional reduto da oposição. No local, uma mulher morreu e quatro pessoas foram feridas a tiros, entre elas um deputado. Ainda há suspeitas de que seguidores de Chávez dispararam contra manifestantes da oposição, segundo o médico da clínica El Avila, Luis Chirinos.

A mulher que morreu, Maritza Ron, 61 anos, foi baleada no abdômen, e o deputado ferido é Ernesto Alvarenga, que levou uma bala no peito, mas se encontra bem. Os outros feridos ainda estão sendo atendidos.

No atentado de 2002, um cidadão de origem portuguesa foi julgado e condenado a 30 anos de prisão, que comoveu todo o país no início da paralisação opositora de 63 dias. Chávez sobreviveu a essa greve nacional de prejuízos milionários no setor do petróleo e a uma tentativa de golpe, nesse mesmo ano, que o afastou do poder por 47 horas.