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Polícia segue pista de suspeito do caso Érick
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
30/03/2009 | 07:00
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Reprodução


Próximo de completar um ano da data em que o estudante Érick Jhonatan Esiquiel, 20 anos, foi encontrado morto no local onde ocorreu a rave Tribe em Pirapora do Bom Jesus (SP), a saga de seu pai para buscar o autor do crime deve ganhar novo fôlego.

A polícia vai decretar, em breve, a prisão preventiva de um suspeito, segundo o titular da Delegacia de Homicídios de Carapicuíba Zacarias Katzer Tadros, responsável pela investigação.

A hipótese é de que as agressões tenham sido praticadas por no mínimo três pessoas. A polícia pretende chegar nos outros nomes por meio da primeira detenção.

A conclusão do inquérito e a punição dos culpados prometem dar ‘vida nova' à família Esiquiel, moradora de Ribeirão Pires. O aposentado Almir Dias Esiquiel, 43, e a professora Maria Eunice Cantalice Esiquiel, 40, não se conformam com a impunidade dos autores da morte do filho primogênito. "Como não posso trazer ele de volta, vou lutar para que outras famílias não passem por isto. É uma questão de dignidade", disse Almir.

Aposentado por causa de um acidente de trabalho, Almir assumiu há um ano uma nova ocupação: transformou os dias em oportunidades de encontrar culpados, fazer Justiça e regulamentar as festas raves no País.

Ele realiza uma investigação paralela à da polícia com pesquisas no site de relacionamentos Orkut e monta um dossiê contra as raves que será entregue à Polícia Federal.

Em sua página pessoal do Orkut, ao lado do nome, Almir escreveu a palavra LUTO. Na quinta-feira quando recebeu a reportagem do Diário no escritório da advogada Andréa Vellucci, em Santo André, vestia uma camiseta verde estampada com um foto sua ao lado do filho tocando trompete e embaixo a frase: Clamamos por Justiça no caso Érick.

A mãe, Maria Eunice, ainda recupera a vontade de lecionar na rede municipal de Mauá e Santo André. Ela enfrenta um quadro de depressão, está sob tratamento psiquiátrico junto com o marido, e não conseguiu se desfazer dos pertences dos filhos.

"O quarto está intacto, com os móveis, roupas, objetos. Ela espalha os livros dele de Direito pela cama e chora de saudades. É muita dor", conta Almir. O casal tem outros dois filhos: Kimberly, 16, e Emily, 7.




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