Rápida, sem acordo, sem depoimentos e marcada pelo choro da nadadora Joanna Maranhão. Assim foi a audiência de conciliação realizada na manhã de segunda-feira, no Fórum Tomás de Aquino, no Recife, dentro da ação penal por difamação impetrada pelo ex-técnico da atleta, Eugênio Miranda, acusado de abusar sexualmente de Joanna quando ela tinha 9 anos.

O suposto caso de abuso sexual foi revelado no início de fevereiro pela própria Joanna, sem revelar o nome do acusado, o que foi feito alguns dias depois pela mãe da nadadora, Teresinha Maranhão. Com isso, Miranda resolveu processá-las.

Em depoimento após o reencontro da filha com o ex-treinador, a mãe de Joanna explicou o choro da filha. “Joanna despencou, chorou, numa reação natural, ao ver o cara que a bolinou há 12 anos”, disse ao sair do fórum.

Na época em que divulgou o caso, Joanna disse que sua intenção não era a de entrar com um processo, mas sim evitar que outras crianças passassem pelo mesmo abuso.

Casado e pai de dois filhos, Eugênio Miranda nega a acusação, mas, por conta da publicidade do caso, foi afastado do colégio onde ensinava.

Assim, decidiu recorrer à Justiça e além do processo penal por difamação, promete entrar em abril com uma ação cível, indenizatória, pedindo reparação pelos prejuízos causados à sua imagem depois da acusação.