Homens armados mataram uma pessoa de origem albanesa, no sudoeste de Pristina, segundo informaram fontes dos separatistas albaneses em Kosovo, o que eleva para seis o número de mortos pelo conflito, neste ano. A vítima da última noite foi assassinada na aldeia de Stimlje, a 30 quilômetros de Pristina, conforme informou o conselho para Defesa dos Direitos e Liberdades Humanas.

A agência de notícias independente BETA, de Belgrado, disse que os assassinos fugiram da cena do crime em um automóvel negro, em direçao à Pristina, capital da província sérvia de Kosovo, onde a maioria étnica albanesa deseja tornar-se livre.

O ataque ocorreu exatamente quando os sérvios se dispoem a sepultar dois de seus soldados, cujos corpos foram encontrados ontem, feridos à bala, na cabeça, próximo a um acampamentos de ciganos, nas imediaçoes de Kosovska Mitrovic. Neste domingo, a província manteve-se em relativa calma, como tem ocorrido desde o dia de ``Nochebuena', quando eclodiram combates que deixaram, no mínimo, 15 mortos.

Sete meses de ferrenhos combates, em 1998, deixaram um saldo de mais de mil mortos, a maioria de etnia albanesa, e quase 300 mil refugiados. Na vizinha Albania, o ministro do Interior acusou às tropas iugoslavas de disparar, em fins da semana passada, pelo menos uma dezena de granadas de morteiros, em solo albanês. Sábado, também, os funcionários internacionais em Kosovo evacuaram os últimos sete sérvios da área rebelde de Lepastica, e os entregou às autoridades sérvias em Podujevo, a 32 quilômetros ao norte de Pristina.

Esses funcionários chegaram a Kosovo amparados pelo acordo de 12 de outubro último, entre o presidente iugoslava Slobodan Milosevic e o enviado dos Estados Unidos, Richards Holbrooke, que deteve os enfrentamentos armados e evitou, dessa forma, as incursoes aéreas da Organizaçao do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A Sérvia é a república iugoslava dominante. As previsoes sao de que, em meados de janeiro, os monitores internacionais cheguem a dois mil.