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Ex-jogador Júnior pede cautela ao Flamengo na decisão
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
21/06/2004 | 23:45
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Leovegildo Lins da Gama Júnior, ou simplesmente Júnior, sempre esteve ligado de corpo e alma ao Flamengo. O ex-lateral-esquerdo, que defendeu a camisa 6 do rubro-negro com unhas e dentes na década de 80 e início de 90, ocupa agora o cargo de superintendente da equipe de maior torcida do país. Acostumado a decisões, confia no atual elenco carioca, mas pede cautela nas finais da Copa do Brasil diante do Santo André. "O nome Flamengo só pode ser elevado após o último jogo. Todos colocam nosso time como favorito, mas, ultimamente, o futebol coletivo tem prevalecido nas principais competições. Prova disso foi o São Caetano, que levou o Campeonato Paulista, e o Once Caldas, que eliminou Santos e São Paulo da Libertadores. Por isso, o Abel (Braga, técnico do Flamengo) sabe que a vantagem fora de campo não ganha jogo", afirmou Júnior, em entrevista ao Diário.

A única força que o time levou, segundo ele, foi no sorteio que definiu a ordem das partidas. "Decidir um campeonato num Maracanã lotado, com mais de 70 mil torcedores, é uma vantagem considerável. Mas o resultado desta quarta-feira (primeiro jogo, marcado para esta quarta-feira, às 21h45, no Parque Antártica) pode reverter esse quadro. Se isso acontecer, não haverá favorito", opinou Júnior.

Apesar da péssima campanha no Campeonato Brasileiro (22º, com oito pontos, na zona de rebaixamento), o cartola flamenguista acha "que os resultados têm sido ruins, mas o time está mostrando um bom futebol". "O Santo André eliminou o Guarani, Atlético-MG e Palmeiras. Tem ótimos jogadores, como o Dedimar e o Sandro Gaúcho. Não acho que a nossa camisa vai definir o campeão. Acredito muito nos nossos atletas, que sempre deram a resposta nas decisões. É um elenco acostumado a jogar sob pressão", afirmou o superintendente.

Eternamente Mengo – Nem mesmo Zico, a maior lenda do futebol rubro-negro, vestiu mais vezes a camisa do Flamengo do que Júnior. O ex-craque, que completa 50 anos na próxima terça-feira – um dia antes da segunda partida contra o Santo André, no Maracanã –, fez 865 jogos com o manto sagrado. O Galinho de Quintino, o dono da camisa 10, é o segundo no ranking, com 731 atuações.

Júnior tem uma vasta coleção de títulos com o clube carioca: seis vezes campeão Estadual, uma da Libertadores da América e um Mundial Interclubes (1981), tetracampeão brasileiro (1980, 1982, 1983 e 1992) e da Copa do Brasil (1992). Com a Seleção Brasileira, foi o maestro da inesquecível equipe da Copa do Mundo de 1982, na Espanha, além de atuar na Argentina (1978) e no México (1986).




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