Tao logo o juiz Flávio de Carvalho apitou o fim do jogo no Canindé, o técnico Zagallo desabafou: "Alguma coisa de anormal existe, acredito que eles vieram aqui disputar o título." O treinador achou que os jogadores do Rio Branco se empenharam como nunca contra o seu time. Zagallo nao disse, mas sugeriu que eles estivessem estimulados por algum prêmio extra, a tao conhecida mala-preta do futebol. O gol da Portuguesa saiu apenas aos 17 minutos do segundo tempo.
E a exemplo do que vem ocorrendo com frequência este ano, o goleador foi um dos homens da defesa da equipe, aproveitando um passe de outro defensor. César subiu mais que a zaga, depois de cobrança de escanteio, lançando de cabeça a bola na direçao de Émerson, quase na linha da pequena área. O zagueiro-central pegou de voleio, de pé esquerdo, com violência, nao dando chance de defesa ao goleiro Gustavo.
"Eles estavam marcando bem os nossos atacantes, homem a homem, dificultando o caminho para gol", explicou o zagueiro. Foi o seu quinto gol no campeonato e o décimo na temporada. Apesar da necessidade da vitória, a equipe de Zagallo nao disputou uma grande partida. Curiosamente, começou o jogo dando a impressao de que nao seria difícil vencer. Logo aos seis minutos Aílton chutou na trave. Até o fim do primeiro tempo, contudo, a Portuguesa nao criaria nenhuma outra situaçao de gol.
A chance maior de abrir o placar foi do Rio Branco. Aos 32 minutos, Sandro Hiroshi recebeu na entrada da área, impedido. O juiz nao deu, mas em compensaçao nao apitou também pênalti em cima do atleta, na hora de concluir a jogada. A Portuguesa começou o segundo tempo com outra aplicaçao em campo.
"Nós acertamos o passe e pusemos o adversário para correr", avaliou César. Apesar da maior agressividade da Lusa, o valente time do técnico Lula Pereira por pouco nao cria um problema para Zagallo. Aos 22 minutos Pena cabeceou no travessao. Depois do jogo, o elenco da Portuguesa acompanhou a transmissao do jogo do Palmeiras pela televisao.
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