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No País, nº de casos nesta faixa etária triplicou em 10 anos
14/02/2009 | 07:00
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Apesar de a maioria das mulheres acima de 50 anos ter uma vida sexual ativa, 72% delas não usa camisinha nem em relações eventuais. Em consequência, o número de casos de Aids nessa faixa etária triplicou no País entre 1996 e 2006, segundo o Ministério da Saúde. Por esse motivo, elas foram escolhidas como o alvo da campanha de prevenção da doença, que têm como slogan Sexo não tem idade, proteção também não.

A pesquisa apontou que 55,3% da população feminina de 50 a 64 anos é sexualmente ativa. De forma geral, essas mulheres não conversam sobre sexo, não relacionam relação sexual com prazer e acreditam que o uso de camisinha influirá negativamente na relação. "O problema é mais do padrão cultural e do machismo que prevalece na sociedade. As relações não são horizontais. É o homem que normalmente estabelece o padrão da relação. É ele quem decide se vai ou não usar camisinha", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que participou ontem do lançamento da campanha na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro.

O Ministério da Saúde vai distribuir 500 milhões de camisinhas em 2009, 40 milhões por mês. Em fevereiro, mês do Carnaval, esse número será de 60 milhões. O governo também comprou 15 milhões de sachês de gel lubrificante.

Temporão rebateu as críticas de que a compra do lubrificante por considerarem um incentivo ao homossexualismo. "O ministério já compra o gel desde 2001", explicou. "Tem gente que acha que o gel serve só para sexo entre homens. Essa gente não entende nada de sexo."

A coordenadora do Programa Nacional DST/Aids, Mariângela Simão, disse que o gel terá distribuição dirigida a certos grupos, especialmente travestis. No entanto, ela enfatizou que hoje em dia não existem mais grupos de risco, já que o maior crescimento no número de infectados se dá entre os heterossexuais.




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