Passa a vigorar amanhã, à 0h, o aumento de 6% nos ônibus municipais de Santo André. De R$ 2,50, a tarifa passou para R$ 2,65. Os empresários do setor não estão satisfeitos com o novo valor, que, segundo a Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André) deveria ser de R$ 3,07 - elevação de 22,8%.

A SA-Trans (Santo André Transporte) alega que fez análise sobre os preços dos insumos necessários para as empresas de coletivos colocarem os veículos nas ruas - como pneus, óleo diesel e salários - para chegar à proposta de aumento.

No fim de janeiro, a Aesa protocolou na Prefeitura levantamento do mesmo tipo. Porém, segundo a entidade, há defasagem histórica nos valores das tarifas, acarretada pela acentuada elevação do número de pessoas beneficiadas pela gratuidade nas passagens.

Segundo os dados da Aesa, entre 2006 e 2009, os beneficiados pela tarifa zero no transporte público de Santo André aumentaram 65%. Mas, nos últimos dez anos, a elevação no total destes passageiros teria sido de 625%, ainda segundo informações da entidade.

Depois de receber o levantamento de custos e a proposta de reajuste da Aesa, a Prefeitura de Santo André, que havia prometido que não teria aumento nos transportes neste ano no município, voltou atrás e começou a discutir o reajuste, até propor o valor que passou a ser aplicado hoje.

A última elevação da tarifa de ônibus municipais em Santo André ocorreu em dezembro de 2008, quando a passagem subiu 8,9%, passando de R$ 2,30 para os atuais R$ 2,50. Ainda não estão previstos aumentos nos outros municípios da região.

Desde o dia 9, o reajuste proposto pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) começou a valer. Os ônibus intermunicipais do Grande ABC subiram 3,5%, enquanto que o aumento no bilhete do trólebus foi de 3,9%. A passagem dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também teve acréscimo de 3,9%.