Internacional Titulo
Violência deixa mais de 30 mortos no Iraque
Da AFP
16/04/2006 | 15:45
Compartilhar notícia


A violência cotidiana no Iraque deixou mais de 30 mortos neste domingo e as diferenças entre os grupos parlamentares iraquianas provocaram o adiamento de uma reunião do Parlamento iraquiano que estava prevista para esta segunda-feira. A violência continua sem dar tréguas ao país: pelo menos 30 pessoas morreram em vários ataques.

Dez pessoas morreram e 25 ficaram feridas num atentado com carro-bomba em Mahmudiya, ao sul da capital iraquiana.

"O carro explodiu perto de um mercado da cidade de Mahmudiya e deixou 10 mortos e 25 feridos", segundo uma fonte policial.

Além disso, quatro civis morreram e seis ficaram feridos na explosão de uma bomba colocada num microônibus" em Kamaliya, ao leste de Bagdá, segundo fonte do Ministério do Interior.

Dois policiais e um soldado foram assassinados em Bagdá e em Mossul, enquanto que um civil foi morto em Hilla, ao sul da capital.

Sete operários que trabalhavam no setor de construção morreram neste domingo num ataque cometido por homens armados no centro de Mossul, informou a polícia local.

Além disso, 15 trabalhadores de duas companhias foram seqüestrados neste domingo à tarde por homens armados em duas regiões de Bagdá, segundo uma fonte da segurança.

O exército americano também informou que quatro marines americanos morreram no sábado em vários ataques realizados na província sunita de Al-Anbar, a oeste de Bagdá.

A situação política do país também continua difícil.

"Decidimos adiar mais alguns dias a reunião do Parlamento para permitir que os grupos políticos mantenham mais reuniões e intensifiquem os esforços com vistas a um acordo sobre os postos importantes na direção do Estado", disse o deputado xiita Basem Charif.

Charif, que deu as declarações ao fim de uma reunião dos grupos políticos com o presidente Jalal Talabani, não adiantou a data da nova reunião.

O presidente temporário do Parlamento iraquiano, Adnane Pachachi, havia convocado a sessão com o objetivo de pressionar os grupos políticos para que chegassem a um acordo sobre os cargos mais importantes do Estado, em particular o de primeiro-ministro. A candidatura do chefe do atual governo, o xiita Ibrahim Jaafari, a sua própria sucessão é um dos principais pontos das negociações.

Tanto os sunitas quanto os curdos, que contam com 44 e 53 deputados, respectivamente, de um total de 275 no Parlamento, rejeitam a candidatura de Jaafari, proposta pelo principal partido parlamentar, a Aliança Unificada Iraquiana (xiita), com 128 cadeiras.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;