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Admir Ferro critica ações da Educação
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
11/03/2010 | 07:19
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O ex-secretário de Educação e vereador de São Bernardo Admir Ferro (PSDB) criticou ontem a compra de objetos da Secretaria de Educação. O tucano afirmou que houve aquisição de utensílios em excesso e que o tipo de material (vidro e porcelana) é inadequado para o uso de alunos dos Ensinos Infantil e Fundamental (1ª a 9ª séries). Por nota, a administração municipal afirmou que o parlamentar "falta com a verdade e deturpa fatos".

Com espécie de dossiê em mãos, Admir destacou que, ao assumir o comando da administração, no início de 2009, a gestão petista condenou os eletrodomésticos alojados em galpões do Executivo.

Segundo o vereador, cerca de R$ 5 milhões investidos em televisores, DVDs, geladeiras, enceradeiras e outros equipamentos para 20 escolas construídas pela administração anterior a qual fez parte - dez entregues à população em 2008 e outras dez em andamento para ser finalizadas pela atual gestão.

"Criticaram a quantidade de material deixado, que tinha destino certo, e agora compraram muito mais. Se encontraram muita quantidade, não precisaria comprar", destacou o tucano, ao ressaltar que entrará com repesentação no Ministério Público nos próximos dias.

Segundo levantamento feito pelo parlamentar, com base em licitações e contratos divulgados no órgão oficial de imprensa da Prefeitura, foram gastos R$ 13,7 milhões em 8.000 frigideiras, 450 panelas, 672 aparelhos de som, 1.060 panelas de pressão, 5.000 travessas, 15,6 mil jogos de xícaras de porcelana, 25 mil xícaras, 35 mil canecas de vidro, 20 mil tigelas de louça, 15.000 copos de vidro tipo americano e 60 mil pratos fundo de vidro, além de geladeiras, TVs, e DVDs.

"Muitas coisas são de vidro e porcelana, inadequados para crianças. Os objetos podem quebrara facilmente e ferir os alunos. O certo seria polipropileno (espécie de plástico)", discorreu Admir Ferro.

Prefeitura rebate de forma enfática colocações de tucano

A Prefeitura de São Bernardo respondeu de forma dura as críticas feitas por Admir Ferro. A administração informou, por nota, "que o vereador falta com a verdade e deturpa fatos para esconder as deficiências de sua gestão por uma década à frente da Secretaria de Educação e Cultura".

O Executivo frisou que o tucano "tenta confundir a opinião púbica com dados falsos" e enfatiza que o valor apontado de R$ 13,7 milhões é, na realidade R$ 7,4 milhões, "conforme contratos assinados pela Prefeitura", que estão "à disposição do vereador e da população (...), com as respectivas quantidades e valores".

A administração do prefeito Luiz Marinho salientou ainda que as substituições de utensílios, equipamentos e eletrodomésticos foram realizadas em decorrência da necessidade indicada pelas unidades escolares - os documentos são assinados pela direção das unidades escolares e pelas APMs (Associações de Pais e Mestres). "Documentadas por meio de ofícios que datam de 2007, ano em que o vereador era secretário e não providenciou."

A administração petista esclareceu também que a substituição dos utensílios de plástico pelos de vidro e porcelana nas escolas "procurou atender as recomendações da Vigilância Sanitária quanto às condições de higiene".




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