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Rebeldes deixam 27 mortos durante visita de Clinton à Colômbia
Do Diário do Grande ABC
01/09/2000 | 10:26
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Vinte e sete mortos entre civis, policiais e guerrilheiros foi o saldo deixado pela ofensiva dos rebeldes esquerdistas contra a visita realizada, esta quarta-feira, pelo presidente americano Bill Clinton à Colômbia, e pelas operaçoes de contra-ataque das autoridades, informou o Exército.

O general Néstor Ramírez declarou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, marxistas) e o Exército da Libertaçao Nacional (ELN, guevarista) atacaram, entre terça e quinta-feiras, um total de 25 povoados.

Ramírez indicou que nessas ocasioes foram mortos 15 civis, entre eles três crianças e sete policiais. Outros 14 civis ficaram feridos nos ataques, que destruíram prédios oficiais e várias residências próximas a eles.

O general assinalou igualmente que nas operaçoes desencadeadas por esse organismo e a polícia para repelir os ataques foram abatidos cinco guerrilheiros das FARC e do ELN, e outros oito capturados.

A ofensiva rebelde se iniciou na terça-feira passada e prossegue nesta sexta em diversos povoados do Sudoeste, Noroeste e Nordeste do país, na fronteira com a Venezuela.

Segundo os informes das autoridades, comandos das FARC e do ELN atacaram, nesta sexta, cinco localidades do departamento de Cauca (Sudoeste), inclusive sua capital, Popayán. Em uma estrada desta regiao, o grupo guevarista também estabeleceu um bloqueio e queimou cinco veículos. A polícia informou que as incursoes em Cauca foram neutralizadas graças à ``oportuna' reaçao dos pilotos da Força Aérea Colombiana (FAC).

O grupo guevarista também derrubou nesta sexta duas torres de alta tensao na localidade de Tuluá (Sudoeste), enquanto que as FARC atacaram explosivos um batalhao do Exército no povoado de Saravena (Nordeste, fronteira com a Venezuela), causando alguns danos materiais.

As FARC e o ELN, os principais grupos guerrilheiros da Colômbia, com mais de 12 mil e cinco mil combatentes, respectivamente, protesta contra a visita de Clinton com o argumento de que isso é o ``primeiro passo' para uma intervençao militar dos Estados Unidos nesse país.

Os rebeldes também se opoem a uma ajuda econômica e militar de US$ 1,3 bilhao que Washington dará a Bogotá para financiar a luta antidrogas, por considerar que a mesma atiçará a guerra interna e provocará um êxodo de camponeses plantadores de coca, inclusive para os países vizinhos.

Clinton descartou em Cartagena que seu país vá se envolver militarmente na Colômbia. O Governo colombiano negocia um acordo de paz com as FARC desde outubro passado, e tenta atrair o ELN para a mesa de negociaçoes.




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